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EM FOCO
Investidores observam avestruz pela internet
Condomínio de aves tem controle remoto
DA REPORTAGEM LOCAL
A oferta parece ser tão apetitosa
quanto a carne do bicho: entrar
num mercado rentável, com
grande potencial de exportação e
consumo em crescimento no
mercado interno. E ainda sem a
necessidade de ter terras ou entender sobre métodos de criação.
Depois de uma onda entusiasta
sobre a "nova galinha dos ovos de
ouro" ter se espalhado no país,
surge mais uma isca para atrair
investimentos no setor: o condomínio de avestruzes.
Lançada ontem pela empresa
Biotectruz em evento no Maksoud Plaza, em São Paulo, a novidade tem como sede uma fazenda
no Estado do Mato Grosso do Sul,
com infra-estrutura de criatórios
e alojamento para os investidores.
"A vantagem é que o criador
não vai mais precisar montar a infra-estrutura nem se preocupar
com detalhes como comprar alimento e vacina", conta Mauro
Antunes, 43, da Biotectruz.
Segundo ele, o investimento necessário para fazer parte do condomínio é de até R$ 600 mil, com
retorno previsto em 24 meses.
A Biotectruz surgiu no mercado
como uma empresa de biotecnologia e pesquisa técnica de reprodutividade para o animal. Desenvolveu um sistema de rastreamento por chip que permite ao
criador acompanhar o progresso
de cada ave pela internet.
Com uma proposta mais modesta, porém similar, a Avestruz
Market, que oferece consultoria
para criadores, vai inaugurar, em
agosto deste ano, duas "hospedarias" de aves, uma em Atibaia, no
interior de São Paulo, e outra em
Silva Jardim, no Rio de Janeiro. É
preciso ter R$ 8.000 para manter
um casal de aves, e pagar uma taxa diária de R$ 2 por animal.
"O negócio de avestruz é promissor, mas é delicado, uma besteira pode fazer o bicho morrer.
Por isso a hospedaria é vantajosa", afirma Daniel Constantino,
23, sócio da Avestruz Market.
(TATIANA DINIZ)
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