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ÁSIA
Líder apoiou atos pró-democracia
China crema Zhao e
destaca seus "erros"
CLÁUDIA TREVISAN
DE PEQUIM
O corpo do líder comunista
Zhao Ziyang foi cremado ontem
em Pequim, sob forte segurança.
Zhao perdeu o cargo de primeiro-ministro da China em 1989, por
ter apoiado os protestos de estudantes que ocuparam a praça Tiananmen por dois meses. As manifestações terminaram com violenta repressão do Exército, que
deixou um número não revelado
de mortes.
A agência oficial de notícias Xinhua noticiou a cerimônia de cremação em um texto que faz breve
relato da vida de Zhao e afirma
que ele cometeu "sérios erros" na
"turbulência política ocorrida no
fim da primavera e começo do verão de 1989".
Visto como provável sucessor
de Deng Xiaoping, Zhao era um
reformista, que teve papel fundamental no início do processo de
abertura da China, a partir de dezembro de 1978. Mas sua posição
dentro do Partido Comunista
mudou no dia 19 de maio de 1989,
quando visitou os estudantes que
se manifestavam na praça Tiananmen e fez um discurso simpático às reivindicações de reformas
democráticas.
Em conseqüência, ele perdeu o
cargo de primeiro-ministro da
China e passou os 15 anos restantes de sua vida em prisão domiciliar. Ele morreu no último dia 17.
A cerimônia de cremação ocorreu
no Cemitério Revolucionário Babaoshan, onde estão enterrados
líderes comunistas. O governo foi
representado por Jia Qinglin,
quarto homem na hierarquia do
Partido Comunista.
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