|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
GUERRA SEM LIMITES
Segundo a revista alemã "Der Spiegel", função de Ibrahim S. era recrutar voluntários para ataques suicidas
Iraquiano diz ter recebido missão do próprio Bin Laden
DA REDAÇÃO
Um iraquiano preso na Alemanha há uma semana sob suspeita
de pertencer à Al Qaeda disse ter
sido enviado ao país para recrutar
voluntários pelo próprio Osama
bin Laden, líder da rede terrorista,
segundo reportagem da revista
alemã "Der Spiegel".
Autoridades alemães acreditam
que Ibrahim Mohammed K., um
iraquiano de 29 anos apontado
como um alto membro da Al Qaeda, recrutou o palestino Yasser
Abu S., 31, da Líbia, para realizar
ataques suicidas no Iraque.
Os dois foram presos no último
domingo em Mainz (oeste). Não
há indícios, porém, de que eles tenham tramado um ataque na Alemanha.
"Sim, ele me enviou para trabalhar, vender e comprar", afirmou
Ibrahim K., em conversa com
Yasser S., gravada pela polícia alemã. Autoridades acreditam que
os termos se referem ao recrutamento e envio de voluntários "jihadistas". A data e o local do encontro não são revelados. A reportagem deve ser publicada
amanhã.
Autoridades alemães afirmam
que, com documentos alemães,
Ibrahim K. viajou por todo o continente europeu, chegando na
Alemanha em setembro de 2002.
Segundo procuradores, Ibrahim K. e Yasser S. planejavam
ainda fingir que o palestino havia
sido morto num acidente de carro
e pedir mais de 800 mil em seguro de vida, que seriam usados
para financiar ataques suicidas e
outras operações.
O procurador federal alemão
Kay Nehm disse que o iraquiano
também havia tentado adquirir
material nuclear com um grupo
em Luxemburgo para ser usado
num eventual ataque.
Segundo a procuradoria, Ibrahim K. visitou campos de treinamento da Al Qaeda no Afeganistão diversas vezes antes do 11 de
Setembro e permaneceu lá por
um ano após os ataques nos EUA,
combatendo as forças americanas
no país.
Durante esse período, ele teve
contato com Bin Laden e outras
lideranças da Al Qaeda, como
Ramzi bin al Shaibah, hoje sob
custódia americana, segundo
Nehm. A nome do iraquiano não
consta, porém, das listas de terroristas compiladas pelo FBI (a polícia federal americana) e pela
ONU.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Ronaldo não comove jordanianos Próximo Texto: Diálogo: Sharon e Abbas vão se reunir em fevereiro Índice
|