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Chávez discursa e
critica o Congresso
da enviada a Caracas
Em pronunciamento ao vivo de
quase uma hora, o presidente da
Venezuela, Hugo Chávez, fez ontem uma incisiva defesa da ANC
(a constituinte), em crise com o
Judiciário e o Congresso. Ele pediu que a população resista "aos
perigos internos e externos".
Ao lado, a bandeira do país.
Atrás, uma enorme imagem do
rosto de Simón Bolívar (herói da
independência da Venezuela e de
quatro outros países). Chávez
carregou no estilo messiânico, ora
dirigindo-se à opinião pública interna, ora à internacional.
"A ANC vai nos ajudar muitíssimo a sair da crise econômica",
disse, insistindo na autonomia da
assembléia e negando qualquer
interferência direta sobre ela.
Alegando que está totalmente
envolvido com a questão econômica, disse: "Não estou me metendo na batalha política. Tenho
tido um descanso nesse terreno.
Quem se ocupa dele é a ANC".
"Estou seguro de que está fazendo o melhor. Não o que é melhor
para o governo, mas o que é melhor para a Venezuela, para o nosso povo, para nossos filhos, para o
futuro do nosso país."
Sem sentido
Segundo ele, não faz sentido
que o Congresso tenha convocado uma sessão extraordinária hoje para discutir os poderes da
Constituinte: "Para quê?".
Com um sorriso, garantiu que
se informa sobre as atividades e
decisões da ANC com sua mulher, Marisabel, que é constituinte, quando ela volta para casa à
noite. "Ou, então, leio nos jornais", acrescentou.
Ele defendeu a independência
do Banco Central, dizendo que estava encerrando o ciclo em que
todos os presidentes da República
que assumiam trocavam as diretorias anteriores da instituição.
Para a mídia internacional, um
recado: disse que se enganaram
"os articulistas que seis meses
atrás anunciavam uma catástrofe
aqui na Venezuela".
Não faltou ao pronunciamento
a retórica populista que é o forte
do presidente: "Não há alternativa à revolução que estamos fazendo aqui. Somos um exemplo para
o mundo".
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