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Atentados contra três hotéis deixam 36 mortos em Bagdá
DA REDAÇÃO
Uma série de atentados aparentemente coordenados contra três conhecidos hotéis de
Bagdá deixou ontem pelo menos 36 mortos e 71 feridos, em
mais um revés nos esforços para pacificar o país.
Os ataques ocorreram por
volta de 15h30 locais (10h30 no
horário de Brasília) com alguns
minutos de intervalo, momentos antes de a TV estatal anunciar a execução de Ali Hassan al
Majid, um dos mais próximos
aliados de Saddam Hussein, ditador deposto na invasão americana de 2003.
Não está claro se os atentados são uma vingança de grupos insurgentes ligados ao antigo regime pela morte de Majid.
Segundo a polícia, os três ataques foram perpetrados por kamikazes que dirigiam vans carregadas de explosivos.
A primeira explosão ocorreu
em frente ao hotel Ishtar Sheraton -que manteve o nome da
rede internacional apesar de
não fazer parte dela desde os
anos 90. O prédio, um dos mais
altos e conhecidos de Bagdá,
hoje abriga principalmente escritórios de empresas.
Outra explosão atingiu o hotel Babylon, utilizado por viajantes iraquianos e para algumas reuniões do governo.
O local da terceira explosão
foi o hotel Al Hamra, que é muito frequentado por jornalistas
ocidentais desde a invasão
americana de 2003.
As explosões ocorrem um
mês e meio depois da última série de ataques em Bagdá, que
matou 127 pessoas.
Em agosto e outubro, explosões visando prédios públicos
deixaram ao menos 225 mortos. O primeiro-ministro Nuri
al Maliki atribuiu os atentados
a partidários de Saddam.
A dificuldade de pôr fim à
violência sectária aumenta a
pressão sobre o governo iraquiano às vésperas das eleições
de 7 de março. Os atentados
também abalam os esforços para atrair os investimentos estrangeiros necessários para revitalizar a economia iraquiana.
Um pacto firmado com os
EUA determina que as tropas
americanas terminarão sua retirada do Iraque no fim de 2011.
Com agências internacionais
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