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The Wall Street Journal
de Nova York
Causas sociais ganham apelo
Recentes demonstrações nos
EUA pedindo o perdão da dívida
externa dos países pobres refletem a preocupação de que os mais
pobres se beneficiem da globalização econômica, diz o "Journal".
"Mas também seguem uma tradição na história dos Estados Unidos. Durante épocas de prosperidade, movimentos sociais ligados
a questões morais ganham destaque", diz o diário nova-iorquino.
Em um quadro, o jornal mostra
que, durante a "corrida do ouro"
e a expansão ferroviária (1846-57), o movimento abolicionista
ganhou força.
Durante o crescimento pós-Segunda Guerra dos anos 50, foi a
vez do movimento dos direitos civis ganhar ímpeto. Nos anos 60,
com a manutenção do crescimento econômico, os EUA viveram
protestos contra a Guerra do
Vietnã e rebeliões de estudantes.
"Alguns movimentos parecem
deploráveis hoje", diz o "Journal",
lembrando que, nos anos 20, negros e asiáticos foram reprimidos
porque eles não pareciam suficientemente "americanos".
"A prosperidade dá às pessoas
que querem começar um movimento a sensação de que elas podem conseguir os recursos para
seu objetivo", disse ao "Journal"
Michael Kazin, historiador da
Universidade Georgetown.
"Os movimentos sociais não
aparecem somente porque uma
sociedade é rica. Mas o crescimento econômico é um elemento
importante. Quando a renda individual cresce e as pessoas se sentem mais seguras, preocupações
econômicas somem e temas sociais ganham destaque."
Nos últimos anos, a renda individual está crescendo, a inflação
diminui e o desemprego é o menor em décadas nos EUA. Os historiadores não crêem que se repitam movimentos de massa como
nos anos 60, mas afirmam que algumas causas hoje podem ganhar
bastante destaque, com igrejas e
outros grupos religiosos geralmente envolvidos. Os estudantes
são outro setor ativo nos movimentos de hoje.
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