|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COLÔMBIA
Autoridades colocam em prática um plano de segurança emergencial
Terror põe Bogotá em estado de alerta
DA REDAÇÃO
A onda de atentados a bomba
na capital colombiana, na semana
passada, atribuída às Farc (Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia), que deixaram cerca de
50 feridos, colocou Bogotá em estado de alerta.
Soldados do Exército e policiais
participaram de mais de 45 "averiguações" na capital desde sábado, após o presidente Álvaro Uribe e o prefeito de Bogotá, Antanas
Mockus, decidirem pôr em prática um plano de segurança de
emergência para enfrentar a ofensiva da guerrilha de esquerda.
Em menos de um mês, as Farc
detonaram um carro-bomba em
frente a um supermercado, enviaram um livro-bomba que feriu
um dos líderes da bancada governista no Congresso e detonaram
explosivos num restaurante. Os
dois últimos ocorreram anteontem e deixaram pelo menos 30
pessoas feridas.
Após uma reunião no sábado, a
ministra da Defesa, Martha Lucía
Ramírez, anunciou a criação de
um fundo de US$ 357 mil para financiar o pagamento de recompensa aos que ajudarem as autoridades a evitar atentados e a capturar os responsáveis por eles.
As autoridades afirmam que a
ofensiva das Farc é uma resposta
às medidas adotadas pela administração de Uribe e pelo Congresso para combater os grupos
armados. Recentemente, o Congresso aprovou um plano para
pôr fim à corrupção no país, autorizando o presidente a manter
conversações de paz com grupos
paramilitares de direita, os quais
sempre se opuseram às Farc (a
maior guerrilha de esquerda).
Analistas divergem sobre a motivação e sobre o alcance dos ataques contra Bogotá. Para o analista político e ex-guerrilheiro León
Valencia, as Farc atuam na capital
do país "para que seus ataques tenham um maior impacto nacional e internacional".
Outro analista, Alejo Vargas,
disse ser exagerado falar sobre escalada da violência. "Não se pode
esquecer que os guerrilheiros estão em guerra contra o Estado".
Outros atos de violência no governo Uribe levaram os analistas a
pensar que a tática adotada é resultado da perda da capacidade
da guerrilha em manter a violência nas áreas rurais. A guerra civil
já dura 38 anos e causou cerca de
40 mil mortes na última década.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Venezuela: Chávez anuncia importação de gasolina Próximo Texto: EUA: Gore desiste de disputar a Presidência em 2004 Índice
|