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Reunião no Cairo tenta pôr fim à violência
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Responsáveis por órgãos de segurança da Autoridade Nacional
Palestina (ANP) e de Israel se reuniram ontem, no Cairo (capital do
Egito), com o chefe da CIA (agência de inteligência norte-americana), George Tenet, para tentar pôr
fim aos conflitos israelo-palestinos. O presidente dos Estados
Unidos, Bill Clinton, vai enviar a
Israel seu enviado especial para o
Oriente Médio, Denis Ross, para
tentar fazer com que israelenses e
palestinos retomem o processo de
paz, segundo um alto funcionário
do governo norte-americano.
Uma jovem palestina foi morta
ontem numa estrada próxima a
Nablus, na Cisjordânia. Fatma Jalal Abu Jeish, 20, levou um tiro no
coração. Testemunhas palestinas
disseram que ela foi baleada por
soldados israelenses, mas o Exército negou a acusação.
Um palestino de dez anos ficou
gravemente ferido após levar um
tiro na cabeça.
Os conflitos entre israelenses e
palestinos já deixaram mais de
300 mortos (palestinos, na maioria) desde o dia 28 de setembro,
quando o líder direitista israelense Ariel Sharon visitou local disputado em Jerusalém.
Os serviços de segurança israelenses prenderam um jordaniano
acusado de ser o autor de um
atentado contra um ônibus em
Tel Aviv (capital de Israel) no final
de dezembro, informou ontem a
polícia de israelense. Ele foi detido
no dia 29 de dezembro no centro
do país.
O primeiro-ministro de Israel,
Ehud Barak, disse que seu governo não pretende discutir as propostas de paz dos Estados Unidos
enquanto houver confrontos com
palestinos.
O Exército israelense avançou
ontem cinco barreiras, em estradas da Cisjordânia, alguns quilômetros adiante em território palestino. A medida foi tomada "por
razões de segurança", segundo o
governo. Já a ANP voltou a pedir a
suspensão do cerco israelense à
Gaza e à Cisjordânia.
O rei Abdullah, da Jordânia, reiterou que seu país apóia a reivindicação do líder palestino Iasser
Arafat pelo direito ao retorno dos
mais de 3,5 milhões de refugiados
a seus locais de origem.
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