São Paulo, segunda-feira, 08 de janeiro de 2001

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Reunião no Cairo tenta pôr fim à violência

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Responsáveis por órgãos de segurança da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e de Israel se reuniram ontem, no Cairo (capital do Egito), com o chefe da CIA (agência de inteligência norte-americana), George Tenet, para tentar pôr fim aos conflitos israelo-palestinos. O presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, vai enviar a Israel seu enviado especial para o Oriente Médio, Denis Ross, para tentar fazer com que israelenses e palestinos retomem o processo de paz, segundo um alto funcionário do governo norte-americano.
Uma jovem palestina foi morta ontem numa estrada próxima a Nablus, na Cisjordânia. Fatma Jalal Abu Jeish, 20, levou um tiro no coração. Testemunhas palestinas disseram que ela foi baleada por soldados israelenses, mas o Exército negou a acusação.
Um palestino de dez anos ficou gravemente ferido após levar um tiro na cabeça.
Os conflitos entre israelenses e palestinos já deixaram mais de 300 mortos (palestinos, na maioria) desde o dia 28 de setembro, quando o líder direitista israelense Ariel Sharon visitou local disputado em Jerusalém.
Os serviços de segurança israelenses prenderam um jordaniano acusado de ser o autor de um atentado contra um ônibus em Tel Aviv (capital de Israel) no final de dezembro, informou ontem a polícia de israelense. Ele foi detido no dia 29 de dezembro no centro do país.
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, disse que seu governo não pretende discutir as propostas de paz dos Estados Unidos enquanto houver confrontos com palestinos.
O Exército israelense avançou ontem cinco barreiras, em estradas da Cisjordânia, alguns quilômetros adiante em território palestino. A medida foi tomada "por razões de segurança", segundo o governo. Já a ANP voltou a pedir a suspensão do cerco israelense à Gaza e à Cisjordânia.
O rei Abdullah, da Jordânia, reiterou que seu país apóia a reivindicação do líder palestino Iasser Arafat pelo direito ao retorno dos mais de 3,5 milhões de refugiados a seus locais de origem.


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