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IRAQUE SOB TUTELA
TV mostra agressão com pedras e sapatos
Allawi sofre ataque em mesquita e alega tentativa de assassinato
DA REDAÇÃO
O ex-premiê iraquiano Ayad
Allawi sofreu um ataque ontem
durante visita à mesquita xiita do
imã Ali, na cidade de Najaf, no sul
do Iraque. Segundo Allawi, o ataque foi uma tentativa de assassinato por parte de um grupo de
cerca de 60 homens armados com
espadas, facas e pistolas.
Imagens divulgadas pela TV local, porém, mostraram Allawi
correndo do templo enquanto
um grupo de pessoas atirava pedras e sapatos em sua direção.
Além disso, a polícia afirmou que
uma dúzia de pessoas armadas
com paus tentou impedir o ex-premiê de entrar na mesquita.
"Enquanto eu estava rezando,
um grupo de 60 ou 70 pessoas,
vestindo uniformes pretos e carregando espadas e pistolas, se
aproximou cantando slogans
contra nós. Ficou claro que era
uma tentativa de assassinato",
afirmou Allawi.
"Um deles sacou a pistola, mas
entrou em pânico, e arma caiu de
sua mão", disse. Segundo Allawi,
pelo menos sete balas foram disparadas da multidão.
Ontem, o assessor de segurança
nacional iraquiano, Mouwaffak al
Rubaie, afirmou ter descoberto
um plano de atentado contra o
julgamento de Saddam Hussein,
que será retomado hoje.
Segundo ele, o grupo sunita Brigadas da Revolução de 1920 planejava disparar mísseis contra o
tribunal durante a sessão.
Em visita à Turquia, Tariq al
Hashemi, secretário-geral da
maior organização sunita iraquiana, pediu que os EUA cessem suas
operações no Iraque e estabeleça
um cronograma de retirada.
"Deixamos muito clara nossa
demanda de que operações militares maciças sejam interrompidas imediatamente porque temos
a impressão de que pessoas inocentes estão sendo vitimadas por
essas operações todo o tempo",
disse Al Hashemi.
A coalizão liderada pelos EUA
no Iraque adotou uma estratégia
dupla para pacificar o país, afirmou ontem o general Rick Lynch,
vice-comandante de estratégia da
coalizão: concentrar as forças militares em ataques contra combatentes estrangeiros e negociar
com árabes sunitas para incluí-los
no processo político.
Segundo ele, apesar de os nacionalistas serem a maior parte da
insurgência, eles não são o alvo
militar principal dos EUA.
"Nós nos concentramos nos terroristas e nos combatentes estrangeiros porque eles são os que realizam os ataques mais horríveis e
são os mais cruéis ao perseguir
seu objetivo, que é o de sabotar o
processo democrático e desacreditar o governo iraquiano", disse.
Em reportagem publicada ontem, o jornal "The New York Times" afirma que o cientista político Peter Feaver, da Universidade
Duke, teve participação crucial na
elaboração da Estratégia para a
Vitória no Iraque, apresentada
pelo presidente George W. Bush
na quarta-feira. Feaver passou a
integrar o Conselho de Segurança
Nacional em junho como conselheiro especial e estudou de perto
a opinião pública sobre a guerra.
O Exército iraquiano anunciou
a morte de 20 rebeldes em contra-ataque no norte de Bagdá, um dia
depois de ter perdido 19 soldados
numa emboscada. Ontem, mais
três soldados iraquianos foram
mortos, e a explosão de um carro
bomba matou duas pessoas e deixou outras 26 feridas em Bagdá.
A chanceler (premiê) alemã,
Angela Merkel, pediu ontem a libertação da arqueóloga Susanne
Osthoff, seqüestrada no Iraque há
mais de uma semana. O ultimato
dado pelos seqüestradores, que
ameaçaram matá-la, expirou na
sexta-feira.
Pat Kember, a mulher do britânico Norman Kember, que também foi seqüestrado no Iraque,
fez um apelo ontem na TV britânica pela sua libertação.
No sábado, Anas Altikriti, um líder do movimento antiguerra britânico, chegou ao Iraque para tentar a libertação de Kember e outros três ativistas -dois canadenses e um americano-, que foram
seqüestrados na semana passada.
Com agências internacionais
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