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ARGENTINA
Suposta filha exige exame de DNA
Cadáver de Perón
deve ser exumado
AUGUSTO GAZIR
de Buenos Aires
A Justiça argentina estuda pedir
a exumação do corpo do general
Juan Domingo Perón (1895-1974),
três vezes presidente do país.
Marta Holgado, que se diz filha
do general, quer comprovar a paternidade e entrou em 1996 com
um processo para que se realize
teste de DNA a ser retirado do corpo de Perón.
A juíza responsável pela causa,
Irene Martinez Alcorta, fez nesta
semana uma consulta ao juiz que
investigou o roubo das mãos do
corpo de Perón para saber se haveria problema na exumação.
O túmulo de Perón foi violado
durante o governo do presidente
Raúl Alfonsín, em 1987. As mãos
do general foram roubadas.
"A consulta da juíza significa
que ela está disposta a pedir a exumação. Em algum momento isso
vai ocorrer, mas não podemos dizer que a ação é iminente", afirmou o advogado Ricardo Sanz.
Ele foi o advogado que iniciou o
processo de Marta Holgado em
1996. Na ocasião, Martinez Alcorta
negou o pedido. Em agosto do
mesmo ano, a Câmara Civil aceitou recurso de Sanz, e a causa voltou para a reavaliação da juíza.
Perón
Juan Domingo Perón foi eleito
presidente pela primeira vez na
Argentina em 1946. Neste ano, foi
promovido a general pelo Congresso Nacional.
Em 1949, passou a governar como ditador. O Estado peronista
garantiu melhorias no padrão de
vida dos trabalhadores, mas restringiu direitos políticos do cidadão. Ele foi reeleito em 1951.
Um movimento militar derrubou o general em 55. Perón se exilou na Espanha e voltou ao país
em 73, ano em que se elegeu presidente pela terceira vez.
Morreu em 74, vítima de infarto.
Sua terceira mulher e vice-presidente, Isabelita Perón, assumiu o
governo, mas foi deposta por movimento militar liderado pelo
ex-general Jorge Videla, em 76.
Perón fundou o Partido Justicialista, atualmente no governo.
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