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Mundo

Sauditas ajudam Egito e desafiam Ocidente

Reino e aliados prometem US$ 12 bi a governo que assumiu ap�s o golpe contra o islamita Mohammed Mursi

Pacote neutraliza a principal fonte de influ�ncia dos EUA, que amea�am cortar ajuda se viol�ncia continuar

ROD NORDLAND DO "NEW YORK TIMES", NO CAIRO

A Ar�bia Saudita emergiu como principal apoiadora do governo interino que chegou ao poder ap�s o golpe militar de 3 de julho no Egito.

Al�m de endossarem explicitamente a repress�o aos apoiadores isl�micos do presidente deposto, Mohammed Mursi, os sauditas v�m usando sua riqueza para ajudar o Egito a desafiar a press�o do Ocidente pelo fim do derramamento de sangue que j� deixou cerca de mil mortos.

Enquanto europeus e americanos estudam cortar a assist�ncia econ�mica ao Egito, a Ar�bia Saudita anunciou anteontem que vai compensar qualquer ajuda que deixe de ser dada, neutralizando assim a principal fonte de influ�ncia ocidental.

Uma semana ap�s a tomada do poder pelos militares eg�pcios, os sauditas colocaram de p�, junto com aliados da regi�o, um pacote de ajuda no valor de US$ 12 bilh�es (cerca de R$ 28,6 bilh�es).

A Ar�bia Saudita contribuiu com US$ 5 bilh�es; o Kuait, com US$ 4 bilh�es; e os Emirados �rabes, com US$ 3 bilh�es.

O valor supera de longe a ajuda direta dada pelos EUA (US$ 1,5 bilh�o) e pela Uni�o Europeia (US$ 1,3 bilh�o).

"O reino se coloca ao lado do Egito e contra todos aqueles que procuram interferir nos assuntos dom�sticos do Egito", disse na sexta o rei saudita Abdullah.

Dois outros aliados americanos, Israel e Emirados �rabes, tamb�m apoiam os militares e v�m resistindo aos apelos ocidentais para que o governo eg�pcio modere a repress�o contra a Irmandade Mu�ulmana, organiza��o � qual Mursi � ligado.

A Ar�bia Saudita, que historicamente preferia operar sua diplomacia do tal�o de cheques nos bastidores, aproveitou assim a chance de ajudar a reverter uma revolu��o � qual sempre se op�s.

Os sauditas se queixaram amargamente j� em 2011, quando o ditador eg�pcio Hosni Mubarak, seu aliado de longa data, foi deposto ap�s protestos em massa que tomaram as ruas do pa�s.

E ficaram ainda mais insatisfeitos quando a Irmandade Mu�ulmana emergiu como maior for�a pol�tica nas elei��es eg�pcias de 2012.

Al�m disso, o general Abdel Fatah al-Sisi, chefe das For�as Armadas e principal nome do golpe, foi adido militar do Egito em Riad, o que pode colaborar para as boas rela��es entre os pa�ses.


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