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Mundo

Londres liga deten��o de brasileiro a posse de 'informa��es roubadas'

Ministra do Interior defende interrogat�rio de namorado do jornalista que divulgou vazamentos

'Guardian' vai � Justi�a para tentar impedir que agentes acessem dados; 'Glenn n�o foi por escolha dele', afirma brasileiro

BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

O governo brit�nico defendeu ontem a deten��o do brasileiro David Miranda, namorado do jornalista americano Glenn Greenwald, e ligou o epis�dio � posse de "informa��es roubadas", que amea�ariam a seguran�a do pa�s.

Tamb�m ontem, assessores do primeiro-ministro, David Cameron, admitiram que ele foi avisado antecipadamente da a��o da pol�cia.

A oposi��o e parte da imprensa brit�nica acusam o governo, liderado pelo Partido Conservador, de evocar a lei antiterrorismo para intimidar Greenwald.

O jornalista � autor das reportagens publicadas pelo di�rio "Guardian" que revelaram a extens�o dos sistemas de espionagem dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Depois de um dia de sil�ncio, a ministra do Interior brit�nica, Theresa May, disse que a a��o da pol�cia foi correta e pode ter ajudado a prevenir atos de terrorismo.

"Se a pol�cia acredita que algu�m est� em posse de informa��es altamente sens�veis, que foram roubadas, podem ajudar terroristas e levar � morte de pessoas, ent�o � certo que ela atue", afirmou.

O editor-chefe do "Guardian", Alan Rusbridger, negou que as informa��es vazadas pelo ex-t�cnico da CIA Edward Snowden pudessem virar arma para terroristas.

Ele voltou a acusar o governo brit�nico de pressionar o jornal e disse que as reportagens levantaram temas de interesse p�blico que devem ser debatidos livremente.

"O material de Snowden levanta preocupa��es fundamentais sobre vigil�ncia, equil�brio entre seguran�a e privacidade e liberdade de express�o. � um debate p�blico importante", afirmou.

Em outra frente, o "Guardian" contratou advogados para pedir � Justi�a que impe�a o governo de analisar o material apreendido com o brasileiro no aeroporto de Heathrow, em Londres.

Ele carregava um laptop e pen drives com informa��es repassadas pela documentarista Laura Poitras, que tamb�m teve acesso �s informa��es vazadas por Snowden.

Os jornais brit�nicos se dividiram na cobertura do caso. O "Financial Times" fez editorial com duras cr�ticas � a��o da pol�cia. O "Daily Telepgraph", concorrente direto do "Guardian", publicou artigo em que afirma que pessoas pr�ximas a Greenwald "n�o est�o acima da lei".

Rusbridger, do "Guardian", defendeu a decis�o de pagar a viagem do brasileiro.

MIRANDA

Segundo Miranda, n�o foi por medo de ser detido que Greenwald deixou de viajar � Alemanha. "O Glenn n�o foi por uma escolha dele, porque est� trabalhando no livro dele, em artigos", disse � Folha.

Ele refor�ou n�o conhecer o conte�do do material que trazia e se recusou a comentar a acusa��o de que levava "informa��es roubadas".

Estudante de marketing, Miranda disse que o "Guardian" pagou sua passagem a�rea "porque eu trabalho com eles tamb�m". Ele afirmou que n�o acredita ter sido colocado em risco.

"Eu fui a primeira pessoa parada dessa forma, porque eles queriam mandar uma mensagem para o Glenn e porque eu sou brasileiro --e eles achavam que pudessem mexer com brasileiro e n�o fosse acontecer nada", disse.


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