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Mundo

CNE n�o atender� a Capriles em recontagem

�rg�o eleitoral anuncia que � "imposs�vel" fazer auditoria da vota��o como exige candidato opositor da Venezuela

Voto eletr�nico ser� comparado com recibo, mas n�o haver� acesso a digital de eleitor, ponto crucial para oposi��o

DE S�O PAULO

Nove dias depois de anunciar que estenderia a 100% dos votos a auditoria da elei��o presidencial na Venezuela, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) informou que o processo come�ar� no dia 6, mas n�o incluir� exig�ncias do candidato derrotado da oposi��o, Henrique Capriles.

Em cadeia nacional de r�dio e TV, �s 22h de anteontem (23h30 em Bras�lia), a presidente do CNE, Tibisay Lucena, disse ser "imposs�vel" atender aos pedidos da oposi��o e disse que as provas de irregularidades apresentadas eram fr�geis.

Lucena recomendou a Capriles recorrer ao TSJ (Tribunal Supremo de Justi�a) para impugnar as elei��es --o que a oposi��o deve fazer, mesmo com improv�vel chance de �xito dado o alinhamento da corte ao governo.

A presidente do CNE disse que haver� o cotejo do voto eletr�nico com os recibos de cada voto preservados em "caixas de resguardo" em 46% das mesas que n�o passaram por auditoria no dia da vota��o, em 14 de abril.

N�o haver�, por�m, o cruzamento desses dados com a lista de eleitores de cada mesa nem a revis�o do registro biom�trico dos eleitores.

Esse era um ponto de honra para a oposi��o para verificar se h� repeti��o de digitais ou casos de pessoas que votaram por eleitores mortos.

O CNE havia se comprometido a divulgar o registro biom�trico neste e em processos eleitorais anteriores, mas at� agora n�o o fez.

A maior parte das acusa��es de Capriles n�o se refere a inconsist�ncias num�ricas no resultado, mas a comportamentos irregulares que o afetariam, como "voto assistido" (com ajuda), coer��o ou amedrontamento do eleitor, algo n�o detect�vel na auditoria e dif�cil de provar.

O CNE tamb�m n�o dar� acesso � oposi��o �s listas de "voto assistido" por mesa.

UNASUL E OBSERVADORES

Pelo Twitter, Capriles disse que "esgotar� as inst�ncias internas" e "levar� ao mundo" o caso --para ele, o "roubo" na elei��o que deu a vit�ria ao chavista Nicol�s Maduro com a diferen�a de menos de 2% dos votos. "Mais cedo do que tarde teremos novas elei��es!", seguiu.

Pedir a sa�da de Maduro em referendo sobre mandato s� pode ser feito daqui a tr�s anos, no entanto.

A decis�o de atender ao pedido da oposi��o e fazer auditoria da vota��o havia sido elogiada pela OEA (Organiza��o dos Estados Americanos) e pela Unasul (Uni�o de Na��es Sul-Americanas), em nota assinada pelos presidentes que se reuniram em Lima no dia 18 para discutir a crise p�s-eleitoral venezuelana.

"A decis�o reduz injustificadamente a auditoria", escreveu Jose Hernandez, professor de direito da Universidade Central da Venezuela.


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