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A exemplo do 11/9, ataque p�e em risco reforma imigrat�ria

PATR�CIA CAMPOS MELLO DE S�O PAULO

A reforma da imigra��o corre o risco de ser mais uma v�tima do atentado da maratona de Boston. Minutos depois de o FBI anunciar que dois irm�os de origem tchetchena eram suspeitos, comentaristas conservadores come�aram a vociferar contra a reforma da imigra��o.

"Que pena que o suspeito n�mero 1 n�o vai mais poder ser legalizado pelo [senador] Marco Rubio", tuitou a comentarista conservadora Ann Coulter.

O suspeito n�mero 1, Tamerlan Tsarnaev, foi morto em confronto com a pol�cia. Segundo relatos, ele tinha um "green card" e esperava se tornar cidad�o americano em breve, enquanto seu irm�o Dzhokhar teria sido naturalizado em setembro do ano passado.

O senador republicano Rubio, a grande esperan�a do partido para atrair o voto hisp�nico, apoia a proposta que permitiria a 11 milh�es de ilegais se regularizarem.

No site do grupo ultraconservador Tea Party, o tom era exaltado. "A rea��o precisa vir de todos os lados, contra a anistia [de imigrantes ilegais] e o controle de armas", dizia um leitor.

N�o foi apenas a ala mais radical da direita que fez uso pol�tico da trag�dia de Boston. Durante audi�ncia no Senado na sexta-feira, o senador republicano Charles Grassley afirmou que a proposta de reforma, um projeto bipartid�rio apresentado esta semana, deveria ser analisada de forma cuidadosa, "especialmente considerando tudo o que est� acontecendo em Massachusetts".

"Como garantir que pessoas que querem nos fazer mal n�o ser�o beneficiadas pelas novas leis de imigra��o?", disse Grassley.

Alex Conant, porta-voz de Rubio, criticou o senador. "Os americanos n�o aceitar�o tentativas de ligar esses losers' [perdedores] do ataque em Boston a milhares de imigrantes vivendo hoje nos EUA."

Dzhokhar, de 19 anos, e Tamerlan, de 26 anos, chegaram aos EUA em 2002. Os dois estavam nos EUA legalmente, e a reforma n�o mudaria em nada sua situa��o. O pr�prio presidente Barack Obama, na noite de sexta, apontou para o fato de que os dois "cresceram e estudaram (nos EUA)".

Mesmo assim, a xenofobia deve dominar o debate daqui para a frente. "Precisamos de mais policiais para monitorar comunidades de onde v�m as amea�as, seja a italiana com a m�fia ou a mu�ulmana com os terroristas isl�micos", disse o deputado republicano Peter King.

N�o seria a primeira vez que uma onda de avers�o a estrangeiros atravancaria a reforma. Em 2001, quando o os EUA estavam prestes a lidar com a quest�o imigrat�ria, foram atropelados pelo 11 de Setembro.


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