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Mundo

Supremo da Venezuela ataca oposicionista

Alinhada ao chavismo, presidente do tribunal acusa Capriles de 'enganar' popula��o ao pedir recontagem de votos

Candidato derrotado por Maduro formaliza pedido de auditoria das urnas; total de mortes em dist�rbios vai a oito

FL�VIA MARREIRO ENVIADA ESPECIAL A CARACAS

A presidente do Supremo Tribunal de Justi�a da Venezuela, Luisa Morales, acusou o candidato derrotado � Presid�ncia, o oposicionista Henrique Capriles, de "enganar" o povo ao pedir a recontagem dos votos da elei��o de domingo e prometeu que n�o haver� impunidade para os respons�veis pelas mortes em protestos nos �ltimos dias.

A fala de Morales, alinhada ao chavismo, aumenta a press�o sobre Capriles, que pediu ontem formalmente ao Conselho Nacional Eleitoral a auditoria de 100% das urnas na elei��o vencida pelo governista Nicol�s Maduro por 1,7 ponto de diferen�a.

Ap�s o opositor convocar protestos, manifesta��es tomaram o pa�s, com epis�dios de viol�ncia. Segundo o governo, subiu a oito o total de mortes devido aos dist�rbios; 170 pessoas est�o presas.

Governo e oposi��o se acusam pelas mortes, que atribuem a falsos militantes "infiltrados". Elas foram causadas por armas de fogo e, num dos casos, por atropelamento --um caminh�o teria se lan�ado propositalmente contra uma comemora��o chavista no Estado de Zulia.

A chefe do Judici�rio pediu ontem que os ju�zes do pa�s evitassem "formalismos in�teis" na hora de responder �s den�ncias e punir culpados.

Morales afirmou que Capriles "pedia o imposs�vel" ao exigir a contagem voto por voto --cotejar o registro eletr�nico com os comprovantes em papel--, j� que o sistema � automatizado, e acusou-o de promover "guerra sem fim nas ruas", antecipando-se a um eventual recurso da oposi��o sobre o tema no TSJ.

No Twitter, o oposicionista Leopoldo L�pez acusou a Justi�a de j� haver aprovado uma ordem de captura contra ele e contra Capriles.

Ontem, com a diminui��o dos relatos de viol�ncia em todo o pa�s, a TV estatal dedicou boa parte da sua cobertura aos mortos nos protestos, a quem Maduro chamou de "m�rtires da revolu��o".

O presidente acompanhou o vel�rio de uma das v�timas, Jos� Luis Ponce, 45, morto a tiros enquanto comemorava a vit�ria chavista, segundo o governo. "Vou ser pai dessas crian�as agora", disse Maduro. Ponce deixa seis filhos.

INVESTIGA��O

Maduro anunciou que o governo investiga "um pequeno grupo de militares" por envolvimento em atos de desestabiliza��o. O presidente --um civil que tem o desafio de controlar a for�a militar, um dos pilares do chavismo-- n�o revelou nomes.

Roc�o San Miguel, da ONG Controle Cidad�o, disse estar em contato com os familiares dos militares investigados, 11 ao todo: "N�o est� claro de que tipo de delito eles ser�o acusados". Entre eles, segundo ela, h� dois generais e oito oficiais superiores.

Maduro deve tomar posse amanh�, com uma grande parada c�vico-militar.


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