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Bombas em Boston estavam em panelas
Artefatos eram 'rudimentares'; Obama diz que ainda n�o h� pistas sobre autores de 'ato terrorista', que matou tr�s
FBI, que investiga o caso, ainda n�o sabe se respons�veis pelo crime s�o americanos ou estrangeiros
Panelas de press�o recheadas de pregos e outros objetos pontiagudos, explosivos e p�lvora, deixadas em mochilas de nylon na cal�ada, s�o os mais prov�veis artefatos utilizados anteontem nos atentados durante a maratona de Boston, segundo investiga��o preliminar do FBI.
Os atentados mataram tr�s pessoas e feriram 176. Nenhum grupo terrorista assumiu a responsabilidade pelo ataque, definido como "ato terrorista" pelo presidente americano Barack Obama. Autoridades locais est�o pedindo fotos e v�deos para a popula��o para tentar descobrir como os explosivos chegaram at� ali. Duas mil pistas j� foram recolhidas.
Obama disse que as investiga��es do FBI ainda n�o descobriram se o respons�vel � um indiv�duo ou grupo. At� agora, n�o se sabe se s�o estrangeiros ou americanos.
TROPAS
O deputado republicano Michael McCaul, que preside a Comiss�o de Seguran�a da C�mara, disse que os explosivos s�o bastante parecidos aos usados contra tropas americanas no Afeganist�o. Investigadores ouvidos pelo "New York Times" chamaram os artefatos de "rudimentares". No estilo, o atentado foi comparado �s explos�es em trens em Madri, na Espanha, em mar�o de 2004, de autoria da Al-Qaeda.
Dois mortos j� foram identificados, ambos espectadores na maratona, Martin Richard, 8, que aguardava o pai completar a prova; e Krystle Campbell, 29.
Muitos feridos perderam as pernas no atentado. O maratonista mineiro Carlos Ferreira, 56, que corre h� 20 anos e j� esteve em v�rias maratonas internacionais, tinha terminado a prova havia dez minutos quando aconteceu a explos�o.
"Policiais fizeram um verdadeiro arrast�o para empurrar e tirar todo mundo dali, foi assustador", disse ele � Folha.
Ontem a incerteza e o medo ainda eram presentes na cidade, onde 15 quarteir�es da �rea central permaneceram isolados.
ORA��ES
Grupos espont�neos de ora��o surgiram na cal�ada diante da �rea isolada, onde volunt�rios se juntavam para rezar, com cartazes e broches escritos "voc� precisa de uma prece? Estamos dispon�veis. Reze por Boston".
A presen�a policial na cidade � ostensiva, mesmo em �reas distantes do local do atentado, com policiais e soldados uniformizados na porta de hot�is e pr�dios de escrit�rios.
Banheiros de um shopping center ficaram fechados, "por medo de explosivos", segundo um funcion�rio.
O rep�rter da Folha precisou mostrar a chave do seu quarto toda vez que entrava em seu hotel em Boston.