São Paulo, sábado, 05 de novembro de 2011
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ANÁLISE Inovação dentro das empresas deve ser projeto apoiado pelos líderes de negócio OLGA MODESTO ESPECIAL PARA A FOLHA As empresas nunca foram tão exigidas. Elas precisam renovar ou inovar em processos, modelos de negócio e produtos. A necessidade independe de tamanho, área e capacidade de investimento. Cada organização tem circunstâncias que facilitam ou dificultam ações inovadoras, mas a experiência mostra que o desejo de inovar, em geral, é força difusa insuficiente para superar a rotina. A inovação depende da ação catalisadora das lideranças. As lideranças, por sua vez, devem prover suas equipes de condições concretas de desenvolvimento para que possam responder às exigências. Isso corresponde à criação de uma cultura de inovação empresarial. Criar a cultura de inovação significa ter um processo conhecido por todos na empresa, de amplo alcance e que realmente crie a via de implementação dos projetos. Muitos acreditam que o ponto fundamental são ideias criativas. Na realidade, há questões importantes antes e depois da geração de ideias. O Processo Basadur de Criatividade Aplicada (PBCA), desenvolvido pelo pesquisador Min Basadur, da canadense McMaster University, estabelece três etapas e oito passos para assegurar um processo para tudo o que vem antes e depois da geração das ideias. A primeira etapa inclui: encontrar o problema, apresentar os fatos e definir o problema. A segunda prevê a geração, a seleção e a avaliação dessas ideias. Num terceiro momento, são previstos o plano de ação, de aceitação e a implantação. Cada passo é realizado com o uso de um conjunto de ferramentas e técnicas e o processo não termina quando temos um plano de ação. Ele leva em conta a necessidade de ter também um plano de aceitação e um plano de implementação. O ciclo completo é trabalhado. Assim, a cada passo, a equipe sabe o que é necessário fazer, em que ponto deve concentrar o esforço e pode avaliar se está se aproximando da realização efetiva dos projetos. O processo possui ainda uma ferramenta para as lideranças conhecerem o modo de resolução de problemas de cada membro da equipe. Desse modo, aquilo que antes poderia parecer uma bobagem, passa a ser visto como uma capacidade que outros não possuem, fundamental para a equipe toda em inovar. OLGA MODESTO é professora do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM e sócia da consultoria em desenvolvimento Faculdade da Imaginação. Texto Anterior: Kodak é vítima da própria invenção, dizem especialistas Próximo Texto: Cosan paga R$ 2 milhões a trabalhador Índice | Comunicar Erros |
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