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Medidas de est�mulo devem surtir efeito a partir de agora

THOVAN TUCAKOV
ESPECIAL PARA A FOLHA

� not�rio que a atividade industrial no Brasil se mant�m praticamente estagnada desde meados de 2010.

A produ��o da ind�stria tem apresentado meses de fraca expans�o, com resultados decepcionantes.

Tal estagna��o tornou o setor objeto frequente de debates entre os economistas e tamb�m um fator recorrente de preocupa��o para o governo, que tem aumentado seu arsenal de est�mulos.

N�o obstante, as v�rias medidas adotadas a partir da segunda metade do ano passado n�o se mostraram suficientes para dar nova din�mica e reaquecer a produ��o.

Nem mesmo a significativa desvaloriza��o do real desde o in�cio deste ano -fato que aumenta a competitividade do produto nacional em rela��o ao importado- foi traduzida, at� o momento, numa retomada do crescimento da produ��o local.

Tamb�m � evidente o esfriamento dos investimentos, inibidos essencialmente pelas incertezas provocadas pelo prolongamento da crise europeia e pelo enfraquecimento da demanda interna.

Tamb�m contribuiu para o cen�rio a desacelera��o dos nossos principais parceiros comerciais, com destaque para o forte esfriamento da economia argentina, relevante importador de produtos manufaturados brasileiros.

A mais recente sondagem de investimentos feita pela Funda��o Getulio Vargas (FGV) confirma essa percep��o, revelando que a incerteza do empresariado acerca da demanda foi um dos principais fatores que limitaram a realiza��o de investimentos no setor industrial.

A pesquisa da FGV tamb�m apontou a menor disponibilidade de caixa como uma restri��o � amplia��o da capacidade produtiva, situa��o que pode estar diretamente relacionada ao desempenho claudicante do setor nos �ltimos anos.

As proje��es de crescimento da produ��o industrial feitas por analistas do mercado consultados pelo Banco Central indicam recuos relevantes, sugerindo que o crescimento do setor em 2012 deva ser pouca coisa mais forte do que o p�fio 0,4% de 2011.

A despeito dessa perspectiva relativamente frustrante para o ano como um todo e da menor disposi��o dos empres�rios para investir no curto prazo, existe uma perspectiva de retomada gradual da atividade fabril no segundo semestre deste ano.

Por essa �tica, as medidas de est�mulo implementadas pelo governo desde o ano passado devem come�ar a provocar efeito mais significativo sobre a demanda no fim do atual trimestre.

THOVAN TUCAKOV � economista da LCA Consultores

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