São Paulo, Segunda-feira, 20 de Dezembro de 1999


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CARTEIRAS
Veja as recomendações dos analistas para distribuir suas aplicações de acordo com sua faixa etária
Risco diminui com o avanço da idade

da Redação

Se você pretende ir atrás de ganhos mais encorpados que, segundos os analistas, serão proporcionados pelas aplicações em renda variável (ações e derivativos), a primeira dica é não ir com muita sede ao pote.
Apesar de projetarem uma valorização entre 20% e 35% para a Bolsa, para o ano 2000, a maioria dos analistas de seis instituições financeiras consultadas pela Folha recomenda carteiras onde a renda fixa ainda representa mais da metade do portfólio.
"Com o crescimento econômico e a inflação estável, os retornos dos mercados de risco no Brasil devem ficar compatíveis com os dos países desenvolvidos", diz Marcelo Elaiuy, diretor da Sudameris Asset Management.
Segundo ele, nos Estados Unidos, por exemplo, o retorno de longo prazo do mercado de ações é cerca de duas vezes superior ao do mercado de renda fixa. A taxa média da renda fixa está em torno de 6% ao ano.
No entanto, como o investidor brasileiro não tem cultura de aplicar em renda variável, devido às grandes oscilações desse mercado no passado, os analistas recomendam uma migração cautelosa. Afinal, os juros reais de 9% a 10% ao ano, ainda estarão bem acima do padrão internacional.
"A melhor maneira de aumentar a exposição ao risco do mercado acionário é traçar um plano de investimentos para um período determinado", diz Gilberto Poso, gerente de risco da LAM (Lloyds Asset Management).
Por exemplo: se você não tem nenhum tostão em Bolsa ou fundo de ações e carteira livre e pretende aplicar 30% de seus recursos nesse mercado, pode distribuir os aportes ao longo do ano. "A cada mês, você pode aumentar a participação das ações no seu portfólio em 2,5%," sugere Poso.
Como definir, porém, o tamanho da fatia dos seus investimentos que irá para a renda variável? "O grau de risco que cada investidor está disposto a assumir varia de acordo com a idade, os objetivos e as necessidades futuras de cada um", diz Roberto Lara Nogueira, diretor do Plural Fundos de Investimentos.
Uma pesquisa feita pela Hedging Griffo com seus clientes mostra que quanto menor a idade do investidor, maior sua disposição à exposição ao risco de aplicações em ações e derivativos.
Os investidores entre 30 e 40 anos têm 39,49% de seus recursos em renda variável, 32,79% em renda fixa e 27,72% em fundos multicarteira (que misturam renda fixa e variável). Dos 40 aos 50 anos, essas proporções são de 34,81%, 40,80% e 24,39%, respectivamente. Acompanhe na tabela ao lado as recomendações de alocação de recursos, por faixa etária. (SB e RN)


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