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CARTEIRAS
Veja as recomendações dos analistas para distribuir suas aplicações de acordo com sua faixa etária
Risco diminui com o avanço da idade
da Redação
Se você pretende ir atrás de ganhos mais encorpados que, segundos os analistas, serão proporcionados pelas aplicações em
renda variável (ações e derivativos), a primeira dica é não ir com
muita sede ao pote.
Apesar de projetarem uma valorização entre 20% e 35% para a
Bolsa, para o ano 2000, a maioria
dos analistas de seis instituições
financeiras consultadas pela Folha recomenda carteiras onde a
renda fixa ainda representa mais
da metade do portfólio.
"Com o crescimento econômico e a inflação estável, os retornos
dos mercados de risco no Brasil
devem ficar compatíveis com os
dos países desenvolvidos", diz
Marcelo Elaiuy, diretor da Sudameris Asset Management.
Segundo ele, nos Estados Unidos, por exemplo, o retorno de
longo prazo do mercado de ações
é cerca de duas vezes superior ao
do mercado de renda fixa. A taxa
média da renda fixa está em torno
de 6% ao ano.
No entanto, como o investidor
brasileiro não tem cultura de aplicar em renda variável, devido às
grandes oscilações desse mercado
no passado, os analistas recomendam uma migração cautelosa.
Afinal, os juros reais de 9% a 10%
ao ano, ainda estarão bem acima
do padrão internacional.
"A melhor maneira de aumentar a exposição ao risco do mercado acionário é traçar um plano de
investimentos para um período
determinado", diz Gilberto Poso,
gerente de risco da LAM (Lloyds
Asset Management).
Por exemplo: se você não tem
nenhum tostão em Bolsa ou fundo de ações e carteira livre e pretende aplicar 30% de seus recursos nesse mercado, pode distribuir os aportes ao longo do ano.
"A cada mês, você pode aumentar
a participação das ações no seu
portfólio em 2,5%," sugere Poso.
Como definir, porém, o tamanho da fatia dos seus investimentos que irá para a renda variável?
"O grau de risco que cada investidor está disposto a assumir varia
de acordo com a idade, os objetivos e as necessidades futuras de
cada um", diz Roberto Lara Nogueira, diretor do Plural Fundos
de Investimentos.
Uma pesquisa feita pela Hedging Griffo com seus clientes
mostra que quanto menor a idade
do investidor, maior sua disposição à exposição ao risco de aplicações em ações e derivativos.
Os investidores entre 30 e 40
anos têm 39,49% de seus recursos
em renda variável, 32,79% em
renda fixa e 27,72% em fundos
multicarteira (que misturam renda fixa e variável). Dos 40 aos 50
anos, essas proporções são de
34,81%, 40,80% e 24,39%, respectivamente. Acompanhe na tabela
ao lado as recomendações de alocação de recursos, por faixa etária.
(SB e RN)
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