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NA REDE
Investimentos já fazem parte dos planos dos jovens
Adolescentes aplicam as suas mesadas em ações e poupança
da Reportagem Local
Ganhar dinheiro deixou de ser
uma chatice dos adultos para integrar a lista de diversões de muitos adolescentes.
Muitos adolescentes iniciaram
suas incursões pelo mercado financeiro por meio da Internet,
aplicando a mesada em ações.
Também se interessam por investimentos simulados (25% dos
participantes do "Folhainvest em
Ação" têm menos de 21 anos) e
ainda participam de fóruns de
discussão e bate-papo sobre finanças.
Apesar do crescente interesse,
os adolescentes continuam com
uma dificuldade crônica da idade:
a falta de recursos. "Eles não dispõem de muito dinheiro para investir, já que poucos trabalham e
têm na mesada a única forma de
renda", diz Sérgio Conti, gerente
da agência BB Teen do Shopping
Paulista, em São Paulo.
Um ponto em comum é a aplicação escolhida. "A maioria acaba
aplicando mesmo na poupança",
afirma o gerente do BB. Para os
analistas, outras modalidades de
aplicação não deveriam ser descartadas.
"Quem é jovem pode se arriscar
mais, já que tem horizonte de investimento maior", diz Sérgio
Kulikovsky, diretor da corretora
NetTrade.
As ações são indicadas para
quem pode deixar o dinheiro
aplicado por vários anos.
Para quem quer entrar no mercado de ações, uma alternativa
pode ser os fundos de investimento que, em alguns casos, aceitam
aplicação a partir de R$ 100. É
possível, ainda, negociar ações
pela Internet, no sistema "home
broker" da Bovespa.
Essas opções exigem dedicação
porque são de maior risco. Mas
são encaradas por vários adolescentes como uma forma de começar a entender o mercado.
Já a renda fixa é mais indicada
para quem não quer deixar o dinheiro empatado em ações por
muito tempo.
Mesmo assim, antes de decidir
onde aplicar, os jovens devem definir bem o seu horizonte de investimento e quanto risco desejam aceitar para tomar decisões.
"Ser jovem não deve ser o único
requisito para investir na Bolsa.
Quem precisa do dinheiro no curto prazo, por exemplo, não deve
aplicar em ações", afirma Raquel
Corrêa, diretora de marketing da
Hedging-Griffo.
Novos produtos
O mercado já percebeu o interesse dos jovens por finanças e
corre atrás desses clientes.
O Banco do Brasil, por exemplo,
anunciou que vai reformular sua
agência "teen" no final deste ano
para fazer melhorias visando
atrair novos investidores.
"Até fevereiro teremos mais terminais conectados à Internet. Vamos também promover debates
com os próprios clientes em temas que envolvam o mercado financeiro", explica Sérgio Conti.
Atualmente, são mais de 20 mil
os jovens correntistas do BB. Esses clientes têm cartão magnético
próprio. O banco exige a aprovação do pai ou responsável, que cede o seu número de CPF.
(RF)
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