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BOLSA DE VALORES
Risco de "bug" do ano 2000 deve reduzir negócios com ações; não é hora de fazer movimentos
Investidores devem ficar na retranca
da Reportagem Local
O medo do "bug" do ano 2000
deverá reduzir ainda mais o volume de negócios nas Bolsas nas últimas duas semanas do ano. Esse
é um período em que, tradicionalmente, a liquidez cai. Os investidores esperam o novo ano para
retomar suas posições no mercado acionário.
Há quem aposte que o volume
de negócios caia para menos da
metade do observado na primeira
quinzena deste mês, quando a
média diária ficou em torno de R$
810 milhões.
"Esses primeiros dias de dezembro registraram agitação
maior por conta do vencimento
de opções, que causou uma liquidez acima do normal", diz Jorge
Simino, diretor de renda variável
da Unibanco Asset Management
(UAM).
O vencimento de opções ocorre
hoje. No vencimento, o investidor
tem de decidir se compra uma
ação por um preço já acordado. A
valorização das ações observada
em outubro e novembro acirrou a
disputa entre comprados e vendidos nesse exercício das opções.
Estrangeiros
O risco do "bug" está fazendo o
investidor estrangeiro adiar seu
ingresso em maior volume nas
Bolsas brasileiras.
"Tradicionalmente, o investidor estrangeiro passa a operar
menos a partir do dia 15 de dezembro. O temor do "bug" reduzirá ainda mais esse volume", afirma Dan Cohen, sócio da Hedging-Griffo. Para o curto prazo,
segundo Cohen, não há muito espaço para fortes valorizações.
Na opinião de Simino, a Bolsa
paulista poderá até observar alguma correção de preços, mas deverá terminar o mês com variação
positiva.
Oscilações
Segundo o diretor de renda variável da BankBoston Asset Management, Júlio Ziegelmann, as
últimas duas semanas do ano não
deverão registrar fortes oscilações. "Altas ou quedas fortes serão especulações, pois os fundamentos econômicos e políticos
não sustentam grandes variações
nesse período", diz.
Ele diz acreditar que esse período de baixo volume de negócios
exigirá mais cuidados do pequeno investidor. "Os desavisados
poderão embarcar num movimento especulativo de baixa e
vender as suas ações", afirma.
Simino, do Unibanco, concorda. Ele recomenda ao pequeno investidor, no período, entrar no
mercado por meio de fundos e
não comprar ações diretamente.
"Como a liquidez estará menor,
o pequeno investidor correrá o
risco de comprar algum papel artificialmente desvalorizado."
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