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INVESTIMENTOS
A recente queda dos juros nos EUA e a possível redução de taxas no Brasil devem trazer boa rentabilidade
Fundos de renda fixa estão atraentes
ISABEL CAMPOS
EDITORA-ADJUNTA DO FOLHAINVEST
Os analistas não têm dúvida:
quem não tem medo de correr
um pouco de risco deve abdicar
da caderneta de poupança e dos
fundos DI e investir uma parcela
das reservas em fundos de renda
fixa ou em CDBs prefixados.
Segundo a maioria deles, com a
redução dos juros nos Estados
Unidos e a elevação do "rating"
da dívida externa brasileira, que
aconteceram na semana passada,
as condições para o governo brasileiro diminuir os juros, que já
eram boas, melhoraram mais.
"Na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), dias 16 e 17, o governo já deve
anunciar uma redução na taxa básica da economia de 0,25% a
0,50%", prevê Guilherme Abbud,
gestor de fundos de renda fixa do
ING Investment Management.
Jorge Simino, diretor da UAM
(Unibanco Asset Management),
não crê em redução nessa primeira reunião do ano, mas diz que é
só uma questão de tempo. "No final do primeiro trimestre, a taxa
de juros, que hoje é de 15,75%, deverá ter caído para 15,25%."
Na opinião de Simino, com as
boas notícias da semana passada,
as projeções, que eram de terminar 2001 com uma taxa na faixa de
14% a 14,5% ao ano, mudaram
para 13% a 13,5%.
Num cenário de queda de juros,
os fundos de renda fixa passam a
ser interessantes porque o gestor
desse tipo de fundo, ao comprar
um papel prefixado, trava a sua
posição. Ou seja, se hoje ele compra um papel de dois anos com juros de 15,75% ao ano, não importa se as taxas vão para 13%. Seus
15,75% estarão garantidos. Num
fundo DI, como os papéis são
pós-fixados, se os juros caem, sua
rentabilidade acompanha.
Abbud ressalta, porém, que os
fundos de renda fixa têm mais risco do que os DI. Se, por exemplo,
no meio do caminho, a desaceleração econômica dos EUA se
mostrar muito prejudicial aos
países emergentes e o governo
brasileiro tiver de aumentar as taxas de juros, eles tendem a não
acompanhar a alta.
Além disso, é muito importante
escolher com critério o fundo de
renda fixa. Segundo Eduardo Mafra, diretor de renda fixa dos fundos Chase, um fundo de renda fixa pode ter papéis pós e prefixados, além de posições em mercados à vista ou futuros de juros,
câmbio e Bolsa. Os mais propensos a ganhar com a queda dos juros são aqueles com mais papéis
prefixados de longo prazo.
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