|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO DE CAPITAIS
BOLSA
Fique atento à movimentação do pregão nesta semana; resultado do 4� trimestre das empresas deve influenciar
Espere melhor definição para investir
MARIA CRISTINA FRIAS
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado financeiro reabre
hoje com a perspectiva de uma semana difícil, com grande possibilidade de perdas.
Analistas recomendam a quem
estiver fora da Bolsa esperar para
entrar e, a quem estiver comprado, esperar definição melhor da
tendência para direcionar investimentos. Resultados do 4� trimestre, principalmente de empresas
de tecnologia, que começam a ser
divulgados nos próximos dias,
podem causar pânico.
Outro grande problema apontado por analistas é a reversão de
expectativas. Apesar da queda de
juros nos Estados Unidos, as Bolsas voltaram a cair.
"É um risco quando se ouve
"nem assim" o Fed (o Federal Reserve, o banco central dos EUA)
conseguiu segurar as Bolsas. Essa
análise pode provocar queda por
pavor irracional", diz o diretor de
pesquisa da Planner, Luiz Antonio Vaz das Neves.
"O mercado está nervoso, desconfiado, sujeito à volatilidade e
com dúvidas: o que se viu nos últimos dias foi antecipação da alta
esperada para mais tarde ou já é o
"hard landing" (forte desaceleração da economia norte-americana)"?, pergunta o gestor de renda
variável do ABN Amro Asset Management, Alexandre Póvoa.
Depois de acumular alta de
9,28%, o temor de crise no sistema financeiro norte-americano
ajudou a desvalorizar o Ibovespa
-índice que reflete o comportamento das ações mais negociadas- em 1,59% na sexta-feira.
"Aqui, as Bolsas até tiveram um
comportamento maravilhoso,
mas que não vai se sustentar", diz
Vaz das Neves.
"Com esse cenário esquisito, as
pessoas vão vender, atentas ao
princípio básico da Bolsa de que
empresas têm de dar lucros crescentes. E a razão da queda está nas
empresas e não na conjuntura".
Por outro lado, Vaz das Neves
afirma considerar que o primeiro
trimestre é "sempre o melhor do
ano, quando qualquer alentozinho pode suavizar as perdas".
Outra razão para ainda não sair
da Bolsa é a possibilidade de novo
corte de juros na próxima reunião
do Copom (Comitê de Política
Monetária), no dia 17, no Brasil.
A quem ficar, a sugestão de analistas é evitar setores de commodities, mais sensíveis à eventual
recessão nos EUA e que tiveram
alta de matéria-prima.
Texto Anterior: Previdência não está livre do IR Próximo Texto: Dicas: Teles voltam a ser recomendadas, e Bradesco PN substitui Banespa Índice
|