São Paulo, segunda-feira, 08 de janeiro de 2001

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PLANEJAMENTO
Com antecedência, administrador estudou como declarar IR
Cálculos reduzem mordida do "Leão"

DA REPORTAGEM LOCAL

O administrador de empresas Reinaldo Modena, 37, teve sua primeira experiência de planejamento tributário recentemente. Diferentemente dos outros anos, quando deixou tudo na mão do contador, no final do ano passado ele resolveu pegar um final de semana para, com antecedência, organizar papéis e fazer ele próprio os cálculos para o Imposto de Renda de 2000.
Antes mesmo de a empresa em que trabalha ter entregue o valor consolidado da sua renda tributável, Modena reuniu seus holerites para fazer as contas. "Eu estava desconfiado de que desta vez valeria mais a pena fazer a declaração completa em vez da simplificada, uma vez que tive muitos gastos com médicos e educação."
O filho menor, de dois anos, passou a frequentar uma escola no ano passado. As despesas médicas também cresceram. Além das visitas frequentes ao pediatra feitas pelos dois filhos (ele tem outro menino de quatro anos), o próprio Modena enfrentou um problema de saúde e teve despesas extras com consultas e exames laboratoriais.
Realizadas as contas, chegou à conclusão de que, se fizesse um plano de previdência, cujas contribuições podem ser abatidas da renda tributável em até 12%, passaria a ser mais vantajosa a declaração completa. "Com isso, vi que poderia ultrapassar em mais de 50% o limite dedutível de R$ 8 mil permitido na declaração simplificada", diz.
Em razão disso, Modena investiu em um PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres), mas diz que seu objetivo não é usar o produto para sua aposentadoria. "Eu o considero um fundo de investimento como outro qualquer, que devo resgatar bem antes de quando parar de trabalhar." Ele sabe, porém, que os recursos que aplicou no PGBL estão com liquidez restringida -a carência entre os saques é de 60 dias. "Mas pelos meus planos não devo precisar desse dinheiro no curto prazo."
Ele afirma que analisou os custos de administração cobrados por seguradoras e pelo banco onde possui investimentos em renda fixa. "Escolhi a seguradora que tinha a taxa mais baixa. Somando a isso a possibilidade de poder abater o valor de aplicação no Imposto de Renda, achei que, no meu caso, era um bom negócio."
Ele promete refazer as contas para a declaração de 2001. "Se eu tiver menos despesas este ano, talvez volte a ser mais vantajoso fazer a declaração simplificada."



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