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PLANEJAMENTO
Com antecedência, administrador estudou como declarar IR
Cálculos reduzem mordida do "Leão"
DA REPORTAGEM LOCAL
O administrador de empresas
Reinaldo Modena, 37, teve sua
primeira experiência de planejamento tributário recentemente.
Diferentemente dos outros anos,
quando deixou tudo na mão do
contador, no final do ano passado
ele resolveu pegar um final de semana para, com antecedência, organizar papéis e fazer ele próprio
os cálculos para o Imposto de
Renda de 2000.
Antes mesmo de a empresa em
que trabalha ter entregue o valor
consolidado da sua renda tributável, Modena reuniu seus holerites
para fazer as contas. "Eu estava
desconfiado de que desta vez valeria mais a pena fazer a declaração completa em vez da simplificada, uma vez que tive muitos
gastos com médicos e educação."
O filho menor, de dois anos,
passou a frequentar uma escola
no ano passado. As despesas médicas também cresceram. Além
das visitas frequentes ao pediatra
feitas pelos dois filhos (ele tem outro menino de quatro anos), o
próprio Modena enfrentou um
problema de saúde e teve despesas extras com consultas e exames
laboratoriais.
Realizadas as contas, chegou à
conclusão de que, se fizesse um
plano de previdência, cujas contribuições podem ser abatidas da
renda tributável em até 12%, passaria a ser mais vantajosa a declaração completa. "Com isso, vi que
poderia ultrapassar em mais de
50% o limite dedutível de R$ 8 mil
permitido na declaração simplificada", diz.
Em razão disso, Modena investiu em um PGBL (Plano Gerador
de Benefícios Livres), mas diz que
seu objetivo não é usar o produto
para sua aposentadoria. "Eu o
considero um fundo de investimento como outro qualquer, que
devo resgatar bem antes de quando parar de trabalhar." Ele sabe,
porém, que os recursos que aplicou no PGBL estão com liquidez
restringida -a carência entre os
saques é de 60 dias. "Mas pelos
meus planos não devo precisar
desse dinheiro no curto prazo."
Ele afirma que analisou os custos de administração cobrados
por seguradoras e pelo banco onde possui investimentos em renda fixa. "Escolhi a seguradora que
tinha a taxa mais baixa. Somando
a isso a possibilidade de poder
abater o valor de aplicação no Imposto de Renda, achei que, no
meu caso, era um bom negócio."
Ele promete refazer as contas
para a declaração de 2001. "Se eu
tiver menos despesas este ano, talvez volte a ser mais vantajoso fazer a declaração simplificada."
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