|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ECONOMIA
Atenção com horas extras de funcionários e consumo de água contribui para diminuir mensalidades
Organização ajuda a eliminar desperdício
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Uma maneira de compensar o
aumento dos gastos com as melhorias nos condomínios é analisar o orçamento para eliminar
possíveis desperdícios. Para reduzir despesas, é preciso reavaliar os
três gastos que mais pesam: pagamento de funcionários e contas
de água e de energia elétrica.
Os salários, encargos sociais e
benefícios dos funcionários representam, em média, mais de
50% do total dos gastos.
Para não desperdiçar dinheiro,
o condomínio deve ter funcionários suficientes para cobrir todos
os turnos e evitar horas extras, segundo Hubert Gebara, vice-presidente de condomínios do Secovi-SP (sindicato de imobiliárias e administradoras).
Quando há excesso de horas extras, uma saída é contratar um
"folguista" em vez de contar com
os funcionários fixos. "Reduz o
pagamento de horas extras aos fixos", diz Angélica Arbex, supervisora de marketing da Lello.
A carga horária do zelador também pede atenção. "É o funcionário que tem o salário mais alto, e
sua jornada de trabalho é igual à
de qualquer trabalhador. Qualquer atividade que ele exerça após
seu turno é computada como hora extra", ressalta Maria Lúcia Abdalla, diretora da Oma (administradora de condomínios).
Campanhas para uso racional
de água e de energia elétrica ajudam a reduzir o consumo, mas o
dinheiro do condômino escoa
quando vazamentos não são consertados. "Válvulas de descarga
antigas desperdiçam muito", afirma Cláudio Anauate, da Aabic.
Uma saída é trocar as bacias antigas por novas ou por modelos
com caixa acoplada -ambos fazem a limpeza do vaso com seis litros de água. As bacias antigas
usam de 9 a 12 litros a cada acionamento. Na troca, a válvula também deve ser regulada.
Cortes radicais
Quando Arly Trench, 44, assumiu a função de síndico em seu
condomínio, constatou um rombo de R$ 160 mil. Para reverter o
prejuízo, contratou uma empresa
de auditoria, acertou férias vencidas de funcionários, demitiu um
zelador que, afirma, tinha salário
muito alto e fez acordos com os
inadimplentes -cujo percentual
caiu de 30% para 10%.
Com campanhas de uso racional da água, reduziu em 30% o valor da conta do insumo. Hoje, o
valor do condomínio é de R$ 164.
No condomínio administrado
pelo síndico Eduardo Bueno, 50,
os moradores dispensaram a administradora, deixando de pagar
os 10% ou 15% cobrados por ela
nas contas condominiais.
Já no prédio em que mora, o zelador deu lugar a dois coordenadores, um no período diurno e
outro no noturno. "Pagava
R$ 2.000 para o zelador. Cada
coordenador ganha R$ 800."
Mesmo que os valores pagos a
funcionários e em contas de consumo sejam reduzidos, esse esforço nem sempre se traduz em diminuição do valor do condomínio. "Em muitos prédios, a quantia economizada é aplicada em
obras ou aquisições que valorizam o imóvel", diz Abdalla.
(ELENITA FOGAÇA)
Texto Anterior: Síndicos contam como reduziram gasto excessivo Próximo Texto: Panorâmica - Casa própria 1: SFH financiará imóveis de R$ 350 mil Índice
|