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Cr�tica show Gal Costa � intensa e atemporal em novo espet�culo, "Recanto" Em cartaz no Rio, maior cantora do Brasil passeia por sucessos de sua carreira e m�sicas obscuras de Caetano MARCUS PRETOENVIADO ESPECIAL AO RIO O foco de luz que atravessa o escuro do palco mostra apenas o rosto de Gal Costa. Exp�e os l�bios carnudos t�o caracter�sticos, o cabelo armado como a juba de um le�o. Ela est� sentada, altiva. A banda ataca "Da Maior Import�ncia", m�sica de Caetano Veloso. A voz sai quente, sensual. Em que ano estamos? Pela imagem e pelo som, n�o fica claro se em 1973, no agora ou no futuro. A maior cantora do Brasil voltou. A m�o que a trouxe de volta foi a de Caetano Veloso, compositor de todas as faixas do �lbum "Recanto" (2011) e diretor do show. S�o de Caetano 16 das 21 can��es apresentadas por Gal. Algumas bem conhecidas do p�blico, como "Baby", "Dom de Iludir", "Divino Maravilhoso" (parceria com Gil) e "For�a Estranha". Mas a maior parte delas � quase obscura. "M�e", "Minha Voz, Minha Vida", "O Amor" e as novinhas "Recanto Escuro" e "Mansid�o". A ideia original era fazer um show s� com can��es que ele comp�s para a voz dela. Mas mudaram de ideia no percurso, incluindo outros compositores: "Folhetim" (Chico Buarque), "Barato Total" (Gilberto Gil), "Deus � o Amor" (Jorge Ben Jor) e at� "Um Dia de Domingo" (Michael Sullivan/Paulo Massadas), em que Gal imita o vozeir�o de Tim Maia. Com essa intensidade c�nica, ela n�o existia desde "O Sorriso do Gato de Alice", espet�culo dirigido por Gerald Thomas em 1994. A ilumina��o revela a banda aos poucos: Domenico Lancellotti (bateria e bases eletr�nicas), Pedro Baby (guitarra) e Bruno Di Lullo (baixo). A sonoridade experimental das novas can��es permeia o arranjo de algumas antigas. Embalada em arranjo eletr�nico, a cl�ssica "Vapor Barato" se torna irm� da recente "Neguinho". Gal fez o improv�vel: tornou natural o degrau entre os arranjos eletr�nicos e ac�sticos. O ouvinte aprende que viol�o e sintetizador s�o, na real, tudo a mesma coisa.
GAL COSTA |
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