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Ilustrada

Clarice Falc�o, estrela de Porta dos Fundos, lan�a primeiro disco

Atriz e roteirista de TV, teatro, cinema e internet, ela disponibilizar� "Monomania" no dia 30

Lan�amento ter� quatro shows no Rio, j� com ingressos esgotados, mas artista planeja turn� que passa por SP

MARCO AUR�LIO CAN�NICO DO RIO

"Eu vou ter que me controlar se um dia eu quero enriquecer / quem vai comprar esse CD sobre uma pessoa s�?", pergunta Clarice Falc�o, 23, na m�sica que d� t�tulo a seu primeiro �lbum, "Monomania", que ela lan�a no pr�ximo dia 30, no iTunes.

A resposta � "muita gente", a julgar pelo burburinho que os v�deos de suas can��es v�m causando na internet, gra�as �s letras rom�nticas e cheias de um humor meio triste, meio ir�nico, apresentadas num estilo voz e viol�o.

Uma das estrelas femininas do canal on-line Porta dos Fundos, Clarice j� era roteirista e atriz --de teatro, TV e cinema-- quando decidiu colocar na internet o v�deo de uma de suas composi��es, "Oitavo Andar".

Na letra, uma menina abandonada pelo namorado conta como pensou em se jogar da janela para cair sobre o amado "como uma bigorna cai em cima de um cartoon".

"E a� / s� nos dois no ch�o frio / de conchinha / bem no meio-fio / No asfalto / riscados de giz / Imagina que cena feliz", canta em tom fofo.

"Eu coloquei Oitavo Andar' num canal de com�dia do YouTube, antes do Porta dos Fundos. E deu supercerto, mas n�o sabia se dava certo como m�sica ou esquete."

O sucesso do v�deo (que tem mais de 3 milh�es de visualiza��es) a motivou a postar mais m�sicas, entre elas "Monomania", que foi usada na trilha do seriado "As Brasileiras", num epis�dio escrito por seu namorado, Gregorio Duvivier.

"Foi a primeira vez que algu�m arranjou as m�sicas, botou todos os instrumentos. � legal ver outra pessoa pegar um material seu e colocar um pouco dela. Quando as pessoas t�m interesse, voc� fica um pouco mais segura."

Da� come�ou a frutificar a ideia de juntar suas composi��es num pacote �nico.

O CD, que ser� lan�ado apenas em formato digital, tem 14 faixas, todas compostas por ela. Clarice aprendeu a tocar viol�o aos 13 anos e teve aulas de canto "em alguns momentos" desde ent�o.

Para ela, as can��es s�o um ve�culo de cria��o liter�ria. Suas letras s�o lapidadas com carinho e precis�o, criando narrativas fechadas.

Por isso, n�o v� sentido em repetir trechos j� cantados, o que faz com que as m�sicas sejam quase todas curtinhas.

"Minha m�e [a roteirista Adriana Falc�o] me ensinou isso, ela lia meus textos e perguntava por que certas frases estavam ali. Eu fico pensando nisso quando escrevo. E repetir a letra � a mesma coisa. Para qu�? N�o vou dar nenhuma informa��o nova."

"MEIO IDIOTA"

Ela diz que o humor que perpassa suas letras "n�o � algo muito pensado".

"Eu vejo minhas desgra�as com um certo humor. Mas acho as m�sicas bem tristes, mais do que engra�adas."

Mas isso significa que as can��es s�o sobre sua vida?

"Nem sempre. � minha vis�o de mundo, mas, obviamente, nem tudo aconteceu. Gente apaixonada fica muito parecida, meio idiota. E me fascina esse papel de idiota."

Clarice mostrar� as can��es ao vivo pela primeira vez em quatro shows no Rio, j� com ingressos esgotados --h� planos para uma turn�, que passar� por S�o Paulo.

Insegura assumida, diz "rezar por uma crise renal" que a impe�a de subir ao palco.

A procura pelos ingressos e o fato de que seu repert�rio j� � conhecido pela internet acalmam-na um tanto. "E, pelo menos, depois do show ningu�m fica gritando coment�rios e falando feia'."

CLARICE FALC�O
QUANDO 30/4, 1�, 7 e 8/05, �s 21h30
ONDE Solar de Botafogo (r. General Polidoro, 180, Rio, tel. 0/xx/21/2543-5411)
QUANTO R$ 50 (esgotado)
CLASSIFICA��O livre


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