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Russo, 45, faz "mulher fatal'
especial para a Folha, em Los Angeles
Se há duas coisas de que Rene
Russo não sente falta são sua juventude e a carreira de modelo,
que abandonou há quase 20 anos.
"Eu sempre fui supermagra, o
que fez com que na adolescência
eu me trancasse no quarto. Acho
que minha infância triste também pesou bastante nessa história toda", conta à Folha.
O pai de Russo abandonou a família quando ela tinha 2 anos; a
mãe trabalhava dia e noite, enquanto ela se isolava num apartamento de um bairro feio de Burbank, arredores de Los Angeles.
Como modelo, Rene Russo povoou as bancas em inúmeras capas de revistas, teve fama internacional e uma fortuna invejável.
Mas resolveu parar quando se viu
com um travesseiro na barriga, tirando fotos numa praia deserta
para um catálogo para grávidas.
Em dez anos vivendo a bela da
tela, contracenando com Clint
Eastwood, Kevin Costner ou Mel
Gibson, é só agora, aos 45, que
Russo encarna seu primeiro papel de "mulher fatal", a detetive
Catherine Banning -numa idade em que atrizes como Michelle
Pfeiffer e Sharon Stone buscam
papéis de mulheres maduras experimentando a maternidade.
"Não entendo porque a sensualidade de personagens femininas
de mais de 40 anos é praticamente ignorada no cinema. É ridícula
essa limitação em torno da idade
das atrizes em Hollywood e como
elas são mostradas quando passam dos 40. Eu me sinto mais jovem do nunca", afirma.
Quanto às cenas picantes do filme, nas quais mostra seu corpo,
seja usando um vestido supertransparente, fazendo topless ao
sol ou na cama com Pierce Brosnan, ela diz: "Apesar de cristã, nada na Bíblia proíbe a nudez no cinema. E o Vaticano, inclusive, está repleto de obras de arte representando pessoas nuas".
E a tão comentada sequência de
sexo do filme? "Só foi possível por
causa da persistência de (John)
McTiernan. Ele sabe muito bem
onde quer chegar, mas vai conquistando você aos poucos, para
não assustar. Foi assim que ele
conseguiu de mim as cenas mais
quentes."
(CC)
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