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CRÍTICA
A guerra é a protagonista do filme
especial para a Folha, em Londres
Ziad Doueiri respondeu às críticas filatelistas a seu filme reclamando por liberdade de criação.
É justo, mas ele se engana ao afirmar à Folha ter usado a guerra do
Líbano apenas como pano de fundo. A guerra é protagonista de
"West Beirut". Omar e Tarek, os
alter egos muçulmanos do diretor, têm suas demandas adolescentes -a descoberta da sexualidade, o desprezo pelos perigos
iminentes-, mas suas ingênuas
andanças ao longo do filme desembocam no Estado sitiado.
Se, apenas por farra, entram no
meio de uma passeata que será
violentamente debelada, ou se
descobrem um prostíbulo em que
cristãos e muçulmanos são bem-vindos, não estão apenas driblando uns tiros que insistem em ser
disparados.
Doueiri justifica seu "olhar"
adolescente sobre Beirute dizendo que era adolescente quando
tudo começou. A explicação
énaif, a idéia é sensacional. Omar
e Tarek tiram o peso da tragédia e
personificam um espírito libertário que o diretor identifica com
seu povo.
(PV)
Avaliação:
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