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TIM CLUB
Dona Ivone é a estrela em noite fria como a chuva
RONALDO EVANGELISTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Muita gente continuava chegando e apenas
metade da lotação estava tomada quando começou a
primeira noite do "palco
jazz" do Tim Festival em São
Paulo -a noite "eclética".
Primeiro veio a terceira
idade animada dos Conga
Kings, encontro de três superstars do jazz latino. Muita
percussão e standards do
jazz afro-cubano empolgaram razoavelmente quem lá
estava e quem ia entrando.
A sambista Dona Ivone
Lara veio na seqüência cantando um elegante samba de
gala, em show sereno e bonito, acompanhada do piano
cheio de bossa de Leandro
Braga. Ao final, o público
morno -formado em sua
maioria por jovens adultos
bem-vestidos e bem-comportados- teve seu momento mais animado,
aplaudindo de pé a cantora
de 84 anos, estrela da noite.
Enquanto o público ia debandando, o último show foi
levado em ritmo de blues e
funk pelo cantor e pianista
de Nova Orleans Dr. John,
com interlúdios para mise-en-scènes invocando um vodu da Louisiana para gringo
ver. O bis aconteceu para
não mais do que 50 pessoas.
Em quase quatro horas de
shows, quase nada se falou
com o público além dos habituais "boa noite" e "obrigado". Se ninguém saiu insatisfeito, também parece improvável que tenha sido um
acontecimento memorável.
Noves fora, foi uma noite tão
fria quanto a chuva que caía.
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