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ARTE
Teto futurista de vidro e aço vai criar praça coberta no pátio da instituição, cuja sede completa 150 anos
Museu Britânico tenta rejuvenescer
FRANCISCO MARTINS DA COSTA
enviado especial a Londres
Uma grande reforma vai mudar a cara do sisudo Museu Britânico a partir do segundo semestre
do ano que vem. Um projeto do
arquiteto sir Norman Foster cria
uma futurista cobertura de metal
e vidro sobre o pátio interno do
museu, que ganhará com isso cerca de 7.000 m2 de área coberta para exposições e eventos.
Nessa grande praça que surgirá
ao redor da biblioteca, a direção
do museu vai construir uma nova
cafeteria, duas novas galerias e
também um centro de educação
para jovens visitantes.
Uma das galerias é a Sainsbury,
que vai expor basicamente arte
africana. A outra é a Joseph Hotung, que deve ser inaugurada por
uma mostra sobre a Amazônia, só
em outubro de 2001. Essa exposição está sendo curada juntamente
pelo Museu Britânico e pela Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais.
A sede do museu, que completa
150 anos, foi planejada para comportar 100 mil visitantes por ano,
mas, só em 98, a instituição recebeu aproximadamente 6 milhões
de pessoas.
A reforma está orçada em 98
milhões de libras (cerca de R$ 300
milhões) e a cobertura vai consumir 12 km de vigas de aço e 6.000
m2 de vidro.
A idéia da direção do museu é
rejuvenescer a imagem da instituição e dar um toque de modernidade ao edifício neoclássico.
Amazônia
A exposição "Amazon Unknown" (Amazônia Desconhecida), que será montada na Joseph
Hotung Gallery, no mezanino da
construção central da praça interna do Museu Britânico, vai reunir
muitas peças inéditas não só no
exterior, mas também no Brasil.
Nelson Aguilar, curador-chefe
das exposições da Associação
Brasil 500 Anos Artes Visuais,
conta que a exposição mostrará
que as civilizações pré-cabralinas
da Amazônia também erguiam
uma espécie de pirâmide, assim
como os povos da América Central. Essas construções, no entanto, não existem mais, porque
eram de madeira e não resistiram
à ação do tempo.
O jornalista Francisco Martins da Costa
viajou à Inglaterra a convite da Associação
Brasil 500 Anos Artes Visuais
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