São Paulo, Segunda-feira, 20 de Dezembro de 1999


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ARTE
Teto futurista de vidro e aço vai criar praça coberta no pátio da instituição, cuja sede completa 150 anos
Museu Britânico tenta rejuvenescer

FRANCISCO MARTINS DA COSTA
enviado especial a Londres


Uma grande reforma vai mudar a cara do sisudo Museu Britânico a partir do segundo semestre do ano que vem. Um projeto do arquiteto sir Norman Foster cria uma futurista cobertura de metal e vidro sobre o pátio interno do museu, que ganhará com isso cerca de 7.000 m2 de área coberta para exposições e eventos.
Nessa grande praça que surgirá ao redor da biblioteca, a direção do museu vai construir uma nova cafeteria, duas novas galerias e também um centro de educação para jovens visitantes.
Uma das galerias é a Sainsbury, que vai expor basicamente arte africana. A outra é a Joseph Hotung, que deve ser inaugurada por uma mostra sobre a Amazônia, só em outubro de 2001. Essa exposição está sendo curada juntamente pelo Museu Britânico e pela Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais.
A sede do museu, que completa 150 anos, foi planejada para comportar 100 mil visitantes por ano, mas, só em 98, a instituição recebeu aproximadamente 6 milhões de pessoas.
A reforma está orçada em 98 milhões de libras (cerca de R$ 300 milhões) e a cobertura vai consumir 12 km de vigas de aço e 6.000 m2 de vidro.
A idéia da direção do museu é rejuvenescer a imagem da instituição e dar um toque de modernidade ao edifício neoclássico.

Amazônia
A exposição "Amazon Unknown" (Amazônia Desconhecida), que será montada na Joseph Hotung Gallery, no mezanino da construção central da praça interna do Museu Britânico, vai reunir muitas peças inéditas não só no exterior, mas também no Brasil.
Nelson Aguilar, curador-chefe das exposições da Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, conta que a exposição mostrará que as civilizações pré-cabralinas da Amazônia também erguiam uma espécie de pirâmide, assim como os povos da América Central. Essas construções, no entanto, não existem mais, porque eram de madeira e não resistiram à ação do tempo.


O jornalista Francisco Martins da Costa viajou à Inglaterra a convite da Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais

Texto Anterior: MAM-Rio expõe inéditas de Lygia Pape e Cildo Meireles
Próximo Texto: Vídeo - Lançamentos: De Niro & Scorsese
Índice

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.