São Paulo, domingo, 10 de abril de 2005

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Brasileiro não é o primeiro nem será o último

DA REPORTAGEM LOCAL

Dom Galhardo não foi o primeiro a adaptar para os quadrinhos a mais conhecida obra de Miguel de Cervantes. Antes dele, outros fidalgos da HQ já haviam se lançado em feito semelhante.
O "pai" da "graphic novel" Will Eisner, provavelmente o mais notório deles, deu a sua versão quixotiana em "O Último Cavaleiro Andante", lançado no Brasil em 1999 pela Companhia das Letras, que continua em catálogo.
Bem antes disso, as crianças brasileiras da década de 1950 eram apresentadas ao autor espanhol por meio de duas coleções da extinta editora Ebal. Quadrinizações não-assinadas de "Dom Quixote" surgiram em 1954, na coleção Epopéia, e, em 1958, na coleção Edição Maravilhosa.
Igualmente voltada ao público infantil, a editora Ática lançou, no ano passado, uma adaptação da obra feita por Marcia Williams, como parte de sua coleção Clássicos em Quadrinhos.
Num futuro não muito distante, dois outros títulos de quadrinhos trarão o nome do cavaleiro andante em suas capas.
Autor da HQ "Ken Parker", o italiano Ivo Milazzo vem realizando há quase cinco anos uma detalhada transposição da obra, em parceria com o escritor argentino Jorge Zentner. Com publicação seriada, deve sair ainda neste ano.
Já o mercado americano promete colocar nas livrarias, em dezembro deste ano, "Quixote", uma versão contemporânea para o personagem de Cervantes. Ambientada na Nova York de hoje, a HQ da Image Comics será assinada pelo roteirista Bryan J. L. Glass e pelo desenhista Michael Avon Oeming, da série "Powers".
Por fim, a editora brasileira Opera Graphica também deve lançar, em breve, um álbum reunindo as ilustrações de Gustave Dore, talvez o mais ilustre de todos os fidalgos que um dia se propuseram a traçar os contornos do engenhoso dom Quixote e seu fiel escudeiro, Sancho Pança. (DA)

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