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Segurança no setor é muito rigorosa
DA REPORTAGEM LOCAL
A falta de informação
sobre o que se faz em uma
usina nuclear ainda é
grande entre boa parte da
população, avalia o engenheiro Hélio Ricardo Velloso de Oliveira, 44.
"Tem muita gente que
até hoje não sabe para que
serve uma usina. Acha que
é para fazer bomba e não
imagina que é produzida
energia elétrica aqui", diz
Oliveira, que trabalha há
21 anos na central nuclear
de Angra. O Brasil é signatário de acordos internacionais que permitem o
uso da energia nuclear só
para fins pacíficos.
"Gosto de receber visitantes na central para que
entendam o quanto é limpa a energia produzida e
que a usina não afeta a
qualidade de vida na região. Meus dois filhos
cresceram aqui. Eu seria
incapaz de trabalhar num
lugar sem segurança."
"É preciso desmitificar a
área", concorda José Augusto Perrotta, do Ipen/
USP. A segurança tem um
papel fundamental na
área. "Há grandes sistemas de engenharia, tratamentos químicos, blindagens e programas de gestão de qualidade para garantir uma confiabilidade
nos processos", diz.
O reator do Ipen fica
dentro de uma piscina de
nove metros de profundidade. A água serve como
barreira contra a radiação.
Para entrar na área do
reator nuclear do Ipen, é
preciso vestir um avental
branco de algodão, para o
caso de respingar alguma
substância, e passar por
um equipamento parecido
com um detector de metal,
mas com sensores para
medir a radiação. Também é preciso carregar no
bolso do avental um dosador de radiação.
(FC)
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