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Cinema
007 recupera licença para matar
em "O Mundo Não É o Bastante"
THALES DE MENEZES
da Reportagem Local
Filme de James Bond precisa ter
mulheres bonitas, carrões, explosões, engenhocas e um supervilão
que pretenda dominar o planeta.
"007 - O Mundo Não É o Bastante", que estréia nos cinemas no
Natal, tem tudo isso e mais: a melhor e mais violenta história do
agente secreto desde os anos 70.
O sucesso dos livros de Ian Fleming, criador do personagem do
agente charmoso, sofisticado e
com licença para matar, ainda
nos anos 50, veio por causa das
suas boas histórias. Depois que
todos elas foram adaptados para
o cinema, nos anos 60 e 70, passaram a produzir roteiros especialmente para o cinema, que foram
piorando a cada lançamento.
"007 - O Mundo Não É o Bastante" é o 19� filme da série e a terceira aventura com Pierce Brosnan no papel de Bond, depois de
"007 Contra Goldeneye" (95) e
"007 - O Amanhã Nunca Morre"
(97). Com Brosnan, o agente voltou a matar sem dó e a transar
muito, sem o bom-mocismo politicamente correto de seu antecessor no papel, Timothy Dalton.
Brosnan está mais próximo de
Sean Connery, que deu a primeira
cara ao personagem, em 1962. O
mais incrível na série é comparar
a estréia, "O Satânico Dr. No", e o
filme que chega nesta semana aos
cinemas e perceber que, com exceção dos efeitos especiais, a essência do estilo James Bond continua inabalável.
Na nova empreitada, Bond precisa proteger a filha de um magnata do petróleo que assume os
negócios depois da morte do pai
-uma tragédia que 007 não conseguiu evitar. A garota (a atriz
francesa Sophie Marceau) supervisiona a construção de um oleoduto no Azerbaijão, ameaçada
por um terrorista maluco.
Interpretado por Robert Carlyle, de "Trainspotting", Renard entra na galeria dos melhores vilões
da série. Intoxicado por um veneno, o terrorista está perdendo
progressivamente a sensibilidade,
ficando imune a qualquer dor
-para azar de Bond, que vai sofrer um bocado nas brigas.
Nas muitas reviravoltas do roteiro, Bond conhece a bela cientista Christmas Jones -a americana
Denise Richards, sem dúvida a
mais estonteante "Bond girl" desde Kim Basinger, em "007 - Nunca Mais Outra Vez", de 1983.
O irlandês Pierce Brosnan tem
arsenal para carregar o papel por
um bom tempo. É charmoso, exibe um sotaque inglês irretocável e
consegue ficar pendurado em helicópteros e pilotar lanchas desembestadas sem amarrotar o terno nem desmanchar o penteado.
James Bond vai virar o milênio
em boas mãos.
"007 - O Mundo Não É o Bastante" estréia
nos cinemas no próximo sábado, dia 25
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