São Paulo, Segunda-feira, 20 de Dezembro de 1999


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Cinema
007 recupera licença para matar em "O Mundo Não É o Bastante"

THALES DE MENEZES
da Reportagem Local

Filme de James Bond precisa ter mulheres bonitas, carrões, explosões, engenhocas e um supervilão que pretenda dominar o planeta. "007 - O Mundo Não É o Bastante", que estréia nos cinemas no Natal, tem tudo isso e mais: a melhor e mais violenta história do agente secreto desde os anos 70.
O sucesso dos livros de Ian Fleming, criador do personagem do agente charmoso, sofisticado e com licença para matar, ainda nos anos 50, veio por causa das suas boas histórias. Depois que todos elas foram adaptados para o cinema, nos anos 60 e 70, passaram a produzir roteiros especialmente para o cinema, que foram piorando a cada lançamento.
"007 - O Mundo Não É o Bastante" é o 19� filme da série e a terceira aventura com Pierce Brosnan no papel de Bond, depois de "007 Contra Goldeneye" (95) e "007 - O Amanhã Nunca Morre" (97). Com Brosnan, o agente voltou a matar sem dó e a transar muito, sem o bom-mocismo politicamente correto de seu antecessor no papel, Timothy Dalton.
Brosnan está mais próximo de Sean Connery, que deu a primeira cara ao personagem, em 1962. O mais incrível na série é comparar a estréia, "O Satânico Dr. No", e o filme que chega nesta semana aos cinemas e perceber que, com exceção dos efeitos especiais, a essência do estilo James Bond continua inabalável.
Na nova empreitada, Bond precisa proteger a filha de um magnata do petróleo que assume os negócios depois da morte do pai -uma tragédia que 007 não conseguiu evitar. A garota (a atriz francesa Sophie Marceau) supervisiona a construção de um oleoduto no Azerbaijão, ameaçada por um terrorista maluco.
Interpretado por Robert Carlyle, de "Trainspotting", Renard entra na galeria dos melhores vilões da série. Intoxicado por um veneno, o terrorista está perdendo progressivamente a sensibilidade, ficando imune a qualquer dor -para azar de Bond, que vai sofrer um bocado nas brigas.
Nas muitas reviravoltas do roteiro, Bond conhece a bela cientista Christmas Jones -a americana Denise Richards, sem dúvida a mais estonteante "Bond girl" desde Kim Basinger, em "007 - Nunca Mais Outra Vez", de 1983.
O irlandês Pierce Brosnan tem arsenal para carregar o papel por um bom tempo. É charmoso, exibe um sotaque inglês irretocável e consegue ficar pendurado em helicópteros e pilotar lanchas desembestadas sem amarrotar o terno nem desmanchar o penteado.
James Bond vai virar o milênio em boas mãos.


"007 - O Mundo Não É o Bastante" estréia nos cinemas no próximo sábado, dia 25

Texto Anterior: Surfistada vai à "caça" em Guarda do Embaú, em SC
Próximo Texto: Jovovich d'Arc é um arraso
Índice

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.