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02 neurônio
Pedidos para o Papai Noel
JÔ HALLACK
NINA LEMOS
RAQ AFFONSO
COLUNISTAS DA FOLHA
Querido Papai Noel, aqui estamos novamente! Sim, sabemos que não nos comportamos 100% neste ano. Talvez devêssemos ter ligado mais para nossas mães. Ou ter
dado uma chance àquela pessoa. Poderíamos
ter sido menos histéricas. Ou menos "blasées". E comido alimentos mais saudáveis.
Mesmo assim, escrevemos esta cartinha para lhe pedir algumas coisinhas para este Natal. A casa não tem chaminé, achamos melhor
o senhor usar o elevador mesmo. Não venha
em trajes de banho, senão o senhor terá de ir
pelo elevador de serviço.
A meia? Ah, ela estará no lugar de sempre.
No buraco negro das meias. Na condição de
entidade, o senhor não terá problemas em
achá-la. Aí vai nossa listinha:
Um computador mágico que não nos diga
que cometemos um erro fatal, que todos os
dados não salvos serão perdidos e que não diga que não está respondendo;
Um curvex para os cílios que seja realmente possível de usar. Mesmo que você seja
aquele tipo de pessoa que não sabe cortar reto
e que, na aula de balé, não conseguia fazer a
"diagonal";
Uma barriga do tipo tábua. Sem dieta, sem
passar vontade e sem lipo;
Um poço sem fundo de cremes de beleza;
Um programa de milhagem no qual realmente a gente ganhe passagens;
Alta da análise. Depois da conclusão de que
não somos excessivamente loucas;
Alta da drenagem linfática;
Alta do trabalho. Poderemos ir trabalhar só
quando estivermos realmente com vontade;
E, por fim, um pretê.
PS 1: Não é pedir muito. Se o pretê não couber
na meia, deixe pelo menos o telefone do rapaz.
PS 2: Na verdade, com exceção do último
item, todo o resto é supérfluo. Já nos acostumamos ao computador que dá "pau", a sair com os cílios tronchos e à nossa pequena pancinha.
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