|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DEMO
RICARDO TIBIU
FREE-LANCE PARA A FOLHA
No que depender da cena
brazuca, você pode bradar a plenos pulmões: "Independência ou morte". E o calendário ativo de shows e festivais indie, assim como os
lançamentos que afloraram
em todo o território nacional, refletem
essa vitalidade.
Não dá para esquecer a participação
do paranaense Cravo Carbono e dos mineiros Valv, pexbaA e Radar Tantã no
South by Southwest, badalado festival
que aconteceu no Texas (EUA) no mês
de maio. Lançamentos para todos os
gostos, do grindcore sarcástico do Mukeka di Rato, de Vila Velha (ES), ao
psycho-rock-horror do Zumbis do Espaço (SP), passando pelo rock de garagem barulhento dos gaúchos do Walverdes. Em junho, a coluna "Demorou"
passou a ter destaque e estreou o espaço
com os punks melódicos do Blind Pigs.
O rap também deu seu recado. Além do
excelente "Nada Como um Dia Após o
Outro Dia", dos manos do Racionais
MC's, o Rio de Janeiro apresentou o brother De Leve e seu hip hop debochado.
O selo paulista Highlight trouxe o
emocore californiano do Samiam e lançou "Mono" da banda [mono", revelação do rock capixaba.
Festivais não faltaram. Em Goiás, a
Monstro Discos deu um banho de organização com eventos de alto nível, como
o Bananada, em maio,
com 27 bandas se revezando em dois palcos,
o Go Rock, em julho, e,
em setembro, o Goiânia New Underground. Em novembro, teve o Goiânia
Noise Festival.
Uma enxurrada de
festivais inundou o país: Porão do Rock
(Brasília), Abril Pro Rock (Recife), Dia D
(Vitória) e Star Guitar (São Paulo), este
com direito a Thee Butchers" Orchestra,
que, com seu rock sujo, deixa o Strokes
no chinelo.
No começo deste mês, aconteceu, no
Sesc Pompéia, em São Paulo, a segunda
edição do festival Upload, que reuniu 15
bandas, entre as quais o hard-rock-punk
do Forgotten Boys (SP) e os gaúchos do
Cachorro Grande (RS), que recém-lançaram seu primeiro e homônimo CD,
carregado de rock britânico (leia-se The
Who e Stones). Retrospectivas costumam soar saudosistas, mas é inevitável
apontar que 2002 foi um ano indie fértil.
Texto Anterior: Brasil Próximo Texto: 10 imperdoáveis: Yoshimi Battles The Pink Robots Índice
|