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FUTEBOL
São Paulo ressuscita contra União São João esquema de 2004, com 3 zagueiros, para obter 4� vitória em 4 jogos
De volta para o futuro, Leão busca 1� meta
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Emerson Leão decidiu voltar ao
passado para acertar o futuro do
São Paulo. Hoje contra o União
São João, no Morumbi, às 18h, o
time joga no 3-5-2, que tentava
abandonar, para cumprir sua primeira meta em 2005: vencer os
quatro jogos iniciais do Paulista.
Com três zagueiros na maior
parte do Brasileiro de 2004, a
equipe terminou com a melhor
defesa do torneio. No último jogo,
também no 3-5-2, a defesa passou
invicta pela Inter de Limeira. Já
nos dois primeiros jogos, atuando
no 4-4-2, os são-paulinos sofreram preocupantes cinco gols.
A zaga aprova o retorno. "Com
três atrás, dá mais segurança, porque cada um marca o seu, e outro
fica na sobra. No 4-4-2, tem que
gritar para chamar o lateral e às
vezes não dá tempo", afirma Rodrigo, um dos habituados à tática.
Os volantes também parecem
satisfeitos, como mostra Josué,
um dos reforços da equipe em
2005. "Para nós, muda só que temos mais liberdade de chegar à
frente", afirma o atleta, que tem o
melhor índice nos passes do time,
segundo o Datafolha, com 91,9%.
Josué vê muito claro o motivo
de Leão ter freado o projeto 4-4-2.
"Com três zagueiros, não tomamos gols", afirma o volante, que
também reconhece que a melhora
gradual no preparo físico da equipe auxiliou no desempenho.
"Tem um pouco de cada coisa."
Os zagueiros ficam mais confortáveis, os volantes mais livres, os
laterais se tornam mais protagonistas, a única coisa que muda é o
ataque, onde a disputa vai ficando
cada vez mais acirrada.
Com boas atuações e quatro
gols em três jogos, Diego Tardelli
saiu na frente de Grafite, que passou em branco. Os dois sabem
que, uma vez em forma, Luizão é
o virtual titular do ataque.
Para Tardelli, a vantagem não
significa que a vaga ao lado do
pentacampeão está garantida.
"Vou brigar, quero ser titular.
Não posso parar por aqui, quero
ver a torcida gritando muito meu
nome ainda", diz ele, que fez dois
gols na vitória sobre a Inter.
Mesmo sem acertar, Grafite tenta mostrar que está vivo na briga.
No ranking são-paulino de finalizações, o jogador lidera com média de 3,7 por partida.
Pela superação em 2004, quando a torcida o perseguia, Grafite
também é exemplo para Tardelli.
"Ele sempre foi o mais criticado
e deu a volta por cima, chegando
até a virar um ídolo da torcida",
afirma Tardelli, que também se
escora na experiência do colega
Marco Antônio, que o São Paulo
cedeu ao Náutico e já voltou.
"Ele contou como as coisas
eram mais difíceis. Só quando você sai daqui é que dá valor. Estou
em um clube em que todo mundo
quer estar, não posso perder a
chance", diz Tardelli.
Do lado rival, em décimo com
quatro pontos, o técnico do União
São João, Arnaldo Lira, deve promover a volta do atacante Paulinho Kobayashi, que não enfrentou o Rio Branco na última rodada devido a uma contusão. Com
isso, Jean Carlos sai.
Colaborou a Agência Folha
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