São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2005

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FUTEBOL

São Paulo ressuscita contra União São João esquema de 2004, com 3 zagueiros, para obter 4� vitória em 4 jogos

De volta para o futuro, Leão busca 1� meta

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Emerson Leão decidiu voltar ao passado para acertar o futuro do São Paulo. Hoje contra o União São João, no Morumbi, às 18h, o time joga no 3-5-2, que tentava abandonar, para cumprir sua primeira meta em 2005: vencer os quatro jogos iniciais do Paulista.
Com três zagueiros na maior parte do Brasileiro de 2004, a equipe terminou com a melhor defesa do torneio. No último jogo, também no 3-5-2, a defesa passou invicta pela Inter de Limeira. Já nos dois primeiros jogos, atuando no 4-4-2, os são-paulinos sofreram preocupantes cinco gols.
A zaga aprova o retorno. "Com três atrás, dá mais segurança, porque cada um marca o seu, e outro fica na sobra. No 4-4-2, tem que gritar para chamar o lateral e às vezes não dá tempo", afirma Rodrigo, um dos habituados à tática.
Os volantes também parecem satisfeitos, como mostra Josué, um dos reforços da equipe em 2005. "Para nós, muda só que temos mais liberdade de chegar à frente", afirma o atleta, que tem o melhor índice nos passes do time, segundo o Datafolha, com 91,9%.
Josué vê muito claro o motivo de Leão ter freado o projeto 4-4-2. "Com três zagueiros, não tomamos gols", afirma o volante, que também reconhece que a melhora gradual no preparo físico da equipe auxiliou no desempenho. "Tem um pouco de cada coisa."
Os zagueiros ficam mais confortáveis, os volantes mais livres, os laterais se tornam mais protagonistas, a única coisa que muda é o ataque, onde a disputa vai ficando cada vez mais acirrada.
Com boas atuações e quatro gols em três jogos, Diego Tardelli saiu na frente de Grafite, que passou em branco. Os dois sabem que, uma vez em forma, Luizão é o virtual titular do ataque.
Para Tardelli, a vantagem não significa que a vaga ao lado do pentacampeão está garantida.
"Vou brigar, quero ser titular. Não posso parar por aqui, quero ver a torcida gritando muito meu nome ainda", diz ele, que fez dois gols na vitória sobre a Inter.
Mesmo sem acertar, Grafite tenta mostrar que está vivo na briga. No ranking são-paulino de finalizações, o jogador lidera com média de 3,7 por partida.
Pela superação em 2004, quando a torcida o perseguia, Grafite também é exemplo para Tardelli.
"Ele sempre foi o mais criticado e deu a volta por cima, chegando até a virar um ídolo da torcida", afirma Tardelli, que também se escora na experiência do colega Marco Antônio, que o São Paulo cedeu ao Náutico e já voltou.
"Ele contou como as coisas eram mais difíceis. Só quando você sai daqui é que dá valor. Estou em um clube em que todo mundo quer estar, não posso perder a chance", diz Tardelli.
Do lado rival, em décimo com quatro pontos, o técnico do União São João, Arnaldo Lira, deve promover a volta do atacante Paulinho Kobayashi, que não enfrentou o Rio Branco na última rodada devido a uma contusão. Com isso, Jean Carlos sai.


Colaborou a Agência Folha

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