São Paulo, domingo, 28 de maio de 2000


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FUTEBOL
Presidente Edmundo Santos Silva quer incluir os rebaixados Fluminense e Bahia na nova competição nacional
Flamengo defende modelo de liga sem Ponte Preta e Gama

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Uma liga com 24 clubes divididos em dois grupos, com acesso e descenso restritos a um ranking que leva em consideração arrecadação e campeonatos disputados desde 1900. A liga excluiria a Ponte Preta e o Gama e alçaria Fluminense, Bahia e, possivelmente, até o América-RJ.
O torneio começaria em agosto, um mês atrasado.
Esse será o modelo apresentado pelo presidente do Flamengo, Edmundo Santos Silva, na reunião da comissão que definirá o formato da Liga Nacional de futebol, amanhã, em São Paulo.
""A nossa proposta será assim. Temos que prestigiar os clubes que investem no futebol. Os times de aluguel (referindo-se ao Gama), que não formam jogadores e contratam uma equipe por temporada, não podem tirar o lugar dos tradicionais", afirmou o dirigente flamenguista, que vai apresentar na reunião dois rankings encomendados pelo clube carioca ao Núcleo de Estatística Computacional da PUC-RJ.
De acordo com os dois estudos, o Gama, pivô da criação da liga, e a Ponte Preta, que se classificou para a segunda fase do Campeonato Brasileiro do ano passado, estarão fora do torneio.
O Gama garantiu na Justiça comum a sua manutenção na primeira divisão deste ano. No final de 1999, o Botafogo-RJ havia conseguido, por meio da Justiça esportiva, continuar na Série A e fazer com que o brasiliense Gama fosse rebaixado.
A decisão favorável ao time de Brasília obrigou o Clube dos 13, entidade que reúne os principais times de futebol do país, a criar a liga para salvar o Botafogo-RJ.
Além de excluir o Gama e a Ponte Preta, o ranqueamento inclui na liga de 2000 o Fluminense e o Bahia, que disputariam a segunda divisão da competição nacional neste ano.
De acordo com um dos rankings elaborados pela PUC-RJ, o América-RJ, que não disputou nem a Série C do ano passado, participaria do torneio organizado pela liga.
Como se não bastasse a ""virada de mesa", o acesso dos clubes pequenos à liga será dificultado. Um clube da Série B, por exemplo, não subirá para a liga no ano seguinte se for campeão. O time só subirá se superar em pontos a 24� equipe no ranking.
Os estudos atribuem pontos ao desempenho de todos os clubes nas várias competições nacionais e internacionais (Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, a extinta Taça Brasil, Torneio Rio-São Paulo, Estaduais, Taça Libertadores etc) que disputaram desde o início deste século.
Uma das estatísticas leva em consideração as colocações dos times nas competições nos últimos cem anos.
No segundo trabalho, a diferença é que os títulos mais recentes têm peso maior.
No primeiro estudo, o Flamengo é o líder. No segundo, o São Paulo está na primeira posição.

Dois grupos
De acordo com o presidente do clube carioca, a liga só deverá ser aberta em agosto, um mês depois da data marcada para o início da competição.
Para isso, o torneio terá a sua fórmula de disputa alterada. Os clubes serão divididos em dois grupos, a fim de diminuir o número de partidas.
""Não podemos correr muito", disse Edmundo Santos Silva. "A liga tem que ser bem preparada em todos os detalhes. Por isso, a abertura vai acontecer em agosto", completou o dirigente.


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