da Reportagem Local

A oposição ao presidente do Corinthians, Alberto Dualib, conquistou uma vitória no Superior Tribunal de Justiça anteontem, ao conseguir anular a mudança de estatuto do clube feita em 94.
O resultado do processo, porém, não alterará em nada a atual condição de Dualib no cargo.
As eleições realizadas no ano passado, que tiveram vitória folgada da situação, ocorreram sob o estatuto antigo.
Nas eleições de 98, Dualib teve cerca de 5.000 votos dos associados, contra mil da oposição, liderada por Marlene Matheus.
Em 94, Dualib mudou o estatuto do clube para prolongar seu mandato, de três para cinco anos.
"Essa decisão não vai adiantar nada para a oposição. Esse recurso perdeu o objetivo depois da volta do estatuto de 84", afirmou José de Castro Bigi, presidente do Conselho Deliberativo do clube.
O presidente do conselho não admite a possibilidade de uma intervenção no clube.
"Não vai acontecer mudanças. A decisão não tem nenhum efeito prático. O nosso sucesso está causando dor-de-cotovelo", declarou José de Castro Bigi.
A própria oposição reconhece que a vitória obtida no tribunal de Brasília terá pouca utilidade.
Segundo um dos líderes da oposição, que pediu para não ser identificado, a decisão judicial foi apenas uma vitória moral.
A ex-presidente do clube Marlene Matheus, no entanto, comemorou a decisão.
"Estou muito feliz. Logo pela manhã de hoje (ontem), comprei um pacote de rojões. Depois, comprei flores e fui ao cemitério. Fui visitar o (Vicente) Matheus (o mais célebre dos presidentes do clube, morto em 97), que deve estar feliz onde quer que esteja. O Dualib é um câncer no Corinthians. Demorou, mas houve justiça", disse Marlene.


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