São Paulo, terça-feira, 24 de janeiro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BASQUETE

Armador atinge a 2� melhor marca da NBA em um jogo e só tem à sua frente os 100 pontos de Wilt Chamberlain

Com 81 pontos, Kobe Bryant faz história

France Press
Kobe Bryant enterra na vitória dos Lakers, em que anotou 81 pontos, segunda melhor marca da história da NBA


MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando a sirene decretou o fim do segundo quarto, Kobe Bryant já somava 26 pontos. Boa marca para a maioria dos atletas da NBA e que poderia ajudá-lo a manter a série de mais de 45 pontos por jogo, que já se tornara rotina.
Mas ele queria mais. O armador do Los Angeles Lakers voltou à quadra e encontrou marcação ainda mais dura, às vezes com dois rivais em seu encalço. Era o combustível que precisava.
Nos quase 42 minutos em que atuou, Bryant escreveu mais uma vez seu nome da história da liga norte-americana de basquete. Com os 55 pontos anotados na segunda metade da partida, atingiu um total de 81, tornando-se o segundo maior pontuador da história da NBA em uma única partida.
"É uma coisa muito difícil de explicar. Eu só estava determinado", disse ele, após o jogo.
Sua marca só é inferior à de Wilt Chamberlain, um dos maiores nomes da história do esporte, que atingiu cem pontos em 2 de março de 1962, pelo Philadelphia. Chamberlain morreu em 1999 após ataque cardíaco.
Anotar tal quantidade de pontos é notável para um armador, o caso de Bryant. Chamberlain, que cravou 8 das 10 melhores marcas da história, era pivô.
O jogador que brilhou nos anos 60, no entanto, não tinha a oportunidade de fazer arremessos de três pontos -não faziam parte das regras do esporte à época.
Na vitória do LA Lakers, anteontem, Bryant acertou 28 de seus 46 arremessos -incluindo sete das 13 tentativas de três pontos. Nos lances livres, errou apenas duas de suas 20 chances.
No último dia 10, ele já havia se igualado a Chamberlain ao tornar-se o primeiro jogador, em 40 anos, a fazer mais de 45 pontos em quatro jogos consecutivos.
"Eu já vi algumas partidas inesquecíveis, mas nunca presenciei algo assim", afirmou o técnico Phil Jackson. "Para ele, é um desafio pessoal atacar pelo time inteiro. Não é exatamente o melhor jeito de ganhar o jogo. Mas, quando você vence, é ótimo ter uma arma como esta à disposição."
Jackson e Bryant, que já haviam trocados farpas, reencontraram-se nesta temporada com o retorno do treinador aos Lakers. Têm a missão de fazer o time voltar aos playoffs. A equipe é a sétima da Conferência Oeste. O armador, de 27 anos, já disse que o mau rendimento do time se deve ao fato de os atletas serem muito jovens.
Além das polêmicas em quadra -teve como desafeto Shaquille O'Neal, seu ex-parceiro de equipe-, Bryant também se envolveu em escândalos fora dela.
Em 2005, resolveu, por meio de acordo, uma disputa judicial que se arrastava por dois anos. Havia sido acusado de estupro por uma jovem de 20 anos.
A tentativa do armador de se desvencilhar das confusões se soma também ao esforço de marcar seu nome na NBA. Não quer ser comparado a ninguém, principalmente a Michael Jordan.
"Em toda a minha carreira, tenho sido comparado a ele e gostaria de que isso acabasse. Ele é Michael Jordan, e eu sou Kobe Bryant. Não há comparação. Isso me incomoda. Você não pode comparar o que estou fazendo com o que ele fez", disse.
Enquanto esteve em quadra, Jordan conseguiu como melhor marca 69 pontos em um mesmo jogo, em 28 de março de 1990.

Com agências internacionais

Texto Anterior: Futebol: Denúncia de doping faz Milan pedir título
Próximo Texto: Frase
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.