São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 2008

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Após 24 anos, Espanha volta ao top 4 da Europa

Seleção supera Itália nos pênaltis e chega a sua primeira semifinal desde 1984

Time espanhol, que pegará a Rússia, é o único entre os semifinalistas que terminou a primeira fase da Eurocopa no 1� lugar de seu grupo


DA REPORTAGEM LOCAL

Por 24 anos a Espanha se acostumou a perecer antes das semifinais nos grandes torneios que disputou. Mas ontem, em Viena, a "maldição" das quartas-de-final acabou.
Após 120 minutos sem gols, os espanhóis eliminaram a Itália da Eurocopa nas cobranças de pênaltis (4 a 2) e agora sonham em buscar pela segunda vez o título do torneio continental de seleções.
Desde 1984 a Espanha não avançava a uma fase tão aguda nos grandes torneios que participou (Eurocopa e Copa do Mundo). A última vez foi no torneio europeu realizado há 24 anos, quando foi até a final, mas perdeu para a França do agora ex-jogador (e atual presidente da Uefa) Michel Platini.
A Espanha, que só tem o título europeu de 1964 no currículo, terá como adversário nas semifinais a Rússia, a quem goleou na primeira fase por 4 a 1, na estréia das duas seleções na competição deste ano.
A equipe ibérica, aliás, joga agora pela "honra" dos melhores times da fase de grupos da Euro (que neste ano tem como sedes Suíça e Áustria). É a única entre as quatro remanescentes que terminou em primeiro lugar de sua chave.
A classificação espanhola foi sofrida. Só aconteceu na última cobrança de pênalti, convertida pelo meia Fàbregas. Antes disso, o goleiro Casillas havia defendido os chutes dos italianos De Rossi e Di Natale.
Foi a primeira vez na história dos confrontos entre as duas seleções que os espanhóis bateram os tetracampeões mundiais em partida da Eurocopa.
O resultado dos pênaltis, na verdade, acabou premiando a seleção que dominou grande parte dos 120 minutos do duelo na capital austríaca.
A Itália entrou em campo com sua estratégia mais tradicional. Apostou na eficiência defensiva e recuou, à espera de erros do adversário, para tentar vencer o jogo com gol nascido em um contra-ataque.
A primeira parte da proposta foi executada com razoável competência. Os zagueiros italianos conseguiram manter os espanhóis longe de sua área.
Com isso, a Espanha, que passou 56% do tempo com a posse da bola, era obrigada a arriscar arremates de qualquer parte do campo. Foram 21 chutes no total, mas a maioria (15) sem direção certa, segundo as estatísticas da Uefa. As tentativas certas paravam em Buffon.
Mas, se eram competentes para destruir, os italianos patinavam para criar. Sem o suspenso Pirlo, seu principal armador, a bola só chegava ao atacante Toni em cruzamentos.
E o jogo se arrastou assim até o término da prorrogação.
Nas cobranças de pênaltis, Villa, o artilheiro da Eurocopa, com quatro gols, abriu o caminho. O maior momento de apreensão dos espanhóis ocorreu quando Güiza desperdiçou logo depois de Casillas fazer sua defesa. Logo em seguida, porém, Casillas fez nova defesa.
"Perder nos pênaltis é sempre decepcionante, mas os rapazes podem sair orgulhosos", disse o técnico italiano, Roberto Donadoni. "Amanhã [hoje] começa uma nova vida."


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