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VÔLEI
Derrota para a Itália deixa equipe com poucas chances de garantir vaga para a Olimpíada no torneio
Seleção perde e se desespera na Copa
da Reportagem Local
A seleção masculina teve praticamente alijadas suas chances de
obter na Copa do Mundo a vaga
para os Jogos de Sydney. Foi derrotada ontem pela tricampeã
mundial Itália por 3 sets a 0 (25/
16, 25/18, 25/17), em uma hora,
em Kagoshima (Japão).
O Brasil passou a somar duas
derrotas (perdera na estréia para
os EUA) em três partidas. Terá
que vencer pelo menos sete dos
oito adversários que lhe restam
-dois deles favoritos no evento- para concorrer a uma das
três vagas em disputa. Já na madrugada de amanhã (2h30, de
Brasília), jogará contra a Rússia,
que batera a Itália (3 a 1). Na penúltima partida, dia 1� de dezembro, enfrenta Cuba, em Tóquio.
Disputada em pontos corridos,
a Copa do Mundo abriga 12 seleções, jogando todas contra todas.
São dois os cenários que se afiguram para a seleção brasileira
caso não se classifique agora:
1) Será obrigada a disputar um
Pré-Olímpico das Américas, previsto para janeiro, possivelmente
no Brasil. O fato é que o qualificatório -que cede uma vaga-
coincide com a Superliga, a temporada brasileira de clubes, e estes, que já divergem da Confederação Brasileira de Vôlei por cederem os atletas pelo menos quatro
meses no ano, terão novo motivo
para estrilarem. Falhando de novo, passará pelo vexame de recorrer à seletiva mundial.
2) Aumentarão as pressões sobre a atual comissão técnica, encabeçada por Radamés Lattari.
Desde que assumiu o time, manteve o discurso de que seu trabalho visava os Jogos Olímpicos
-em quase três anos, teve como
melhor resultado o terceiro lugar
na Liga Mundial deste ano.
Ousou ao não convocar Maurício e Marcelo Negrão para a Copa,
alegando deficiência técnica -ao
mesmo tempo em que espera a
volta de Tande e Giovane.
Batida pelo Brasil nas finais da
Liga Mundial, em julho -recuperar-se-ia depois, abocanhando
seu sétimo título-, a Itália, ontem, demonstrou seu poderio:
não deu chance aos brasileiros.
O saque forçado (de Giani e Papi) desmontou o sistema de recepção da seleção. Sem velocidade, o time brasileiro teve seus ataques marcados pelos italianos (só
no primeiro set foram quatro
pontos de bloqueio contra um da
seleção). E se perdeu em erros: cedeu 26 pontos -mais que um set.
Lattari modificou seguidas vezes a equipe: trocou o levantador
Ricardinho por Marcelo Elgarten
e Max por Carlão, no segundo set.
Depois, na terceira parcial, fez
sair Giba e retornar Max. Nada
serviu. A sequência mais lúcida
do Brasil foi neste set (esteve liderando por 11 a 10), ao trocar as infrutíferas ações pelas pontas pelas
de meio. Derrotado, viu Papi ser
escolhido o melhor do jogo.
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