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Coréias podem se unir para Copa
das agências internacionais
O governo da Coréia do Norte
acenou que aceita formar uma
equipe conjunta com o vizinho do
Sul para participar da Copa do
Mundo de 2002, a ser disputada
no Japão e na Coréia do Sul.
Essa será a primeira Copa da
história a ser disputada em mais
de um país e a primeira que poderá ter uma equipe binacional.
A notícia foi dada na sexta pelo
sul-coreano Chung Mong-Joon,
um dos vice-presidentes da Fifa e
presidente da federação local.
Chung esteve na Coréia do Norte durante cinco dias tentando
convencer os dirigentes do país
comunista a aceitar a realização
de dois jogos da Copa do Mundo
em Pyongyang, a capital norte-coreana, e a formação de uma
equipe conjunta -que nem precisaria disputar as eliminatórias,
pois a Coréia do Sul é pré-classificada por ser sede. Até agora o país
do norte não se inscreveu nas eliminatórias.
O objetivo do comitê organizador da Copa é fazer os jogos no estádio Primeiro de Maio, localizado na ilhota de Rungna, situada
no rio Taedong, que corta a capital norte-coreana.
Essa proposta, porém, ainda é
vista com reservas pelo governo
comunista, um dos mais fechados
do mundo. O governo alega falta
de tempo e de condições políticas
para abrigar as partidas.
Para realizar esses jogos, o governo comunista teria de estabelecer laços com o Ocidente para a
realização de obras de modernização em várias áreas, em especial
em telecomunicações.
A aproximação esportiva entre
as duas Coréias é mais um esforço
para levar ao reatamento da relação entre os dois países, que surgiram com a guerra na península
há quase 50 anos.
A partir de 1950, tropas comunistas, com ajuda da URSS e China, e dos EUA combateram pelo
controle da região por cerca de
três anos, quando se definiu a
atual fronteira.
Apesar do cessar-fogo, nunca
foi assinada a paz entre as duas
Coréias. Depois do colapso da
URSS, em 1991, a Coréia do Norte
perdeu seu principal aliado e começou a enfrentar problemas
econômicos cada vez mais intensos, enquanto seu vizinho ao sul
passou a mostrar grande desenvolvimento, interrompido apenas
com a chamada crise asiática, que
começou em 1997.
Nos últimos anos, os dois países
começaram a estabelecer contatos tímidos, especialmente na zona desmilitarizada, uma região na
fronteira entre as duas Coréias,
que representa o principal ""muro" entre o capitalismo e o comunismo da atualidade.
Mas esses contatos têm sido interrompidos constantemente por
episódios de vários tipos, como a
captura de um submarino norte-coreano no lado sul, há dois anos.
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