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FUTEBOL
Adaptação ao fuso horário do Japão, onde equipe disputará a final do Mundial, começa no embarque
Palmeiras já respira Tóquio no avião
da Reportagem Local
No início da madrugada de
amanhã, à 1h30, o Palmeiras embarca para a disputa da partida
mais importante dos seus 85 anos
de história.
Formada por 22 jogadores, 12
integrantes da comissão técnica,
quatro dirigentes e dois assistentes (um mordomo e um auxiliar
de mordomo), a delegação palmeirense deixará o aeroporto de
Cumbica, em Guarulhos (Grande
São Paulo), em direção ao Japão.
No próximo dia 30, às 19h10 de
Tóquio (8h10 de Brasília), o time
comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari, campeão da Taça Libertadores da América, faz, no estádio Nacional da capital japonesa, a final do Mundial interclubes
contra o inglês Manchester United, campeão europeu.
A torcida Mancha Alviverde
(ex-Mancha Verde) prometeu
acompanhar em caravana o ônibus do Palmeiras até o aeroporto.
A adaptação dos palmeirenses
ao fuso horário de 11 horas começará no momento em que o grupo
entrar no avião, um MD-11 da Varig. Seguindo plano preparado
pelos fisiologistas do clube, Ivan
Piçarro e Paulo Zogaib, o horário
japonês será adotado à entrada da
aeronave.
Assim, o início da madrugada
será hora de almoço para a delegação. "Já combinamos com a
companhia aérea, e eles servirão o
almoço instantes após o embarque", disse Zogaib.
Em seguida, os jogadores irão
dormir -como costuma ocorrer
após o almoço quando estão numa concentração normal.
Por volta das 17h (no "horário
japonês"), eles terão que acordar,
e será servido o lanche da tarde.
Pelo horário biológico dos atletas,
serão então seis horas da manhã.
É a parte mais crítica da viagem.
"Eles estarão com sono", relata
Zogaib, "mas faremos qualquer
coisa para que não durmam."
O "qualquer coisa" se traduz em
jogos de cartas, bingos, cantorias,
passatempos em geral.
Aproximadamente às 23h, ainda no novo horário, o avião desce
em Los Angeles, onde fará uma
escala técnica de cerca de uma hora e meia. "Eles irão se movimentar, fazer um alongamento, esticar
as pernas", conta o fisiologista.
De volta ao avião, o grupo será
induzido a dormir, com o auxílio
de remédios.
Após cerca de seis ou sete horas
de sono, todos serão acordados,
tomam café e aguardam a chegada ao aeroporto de Nagoya, no
início da tarde no Japão.
Serão aproximadamente 26 horas de vôo. De Nagoya a delegação
segue para Yokohama (30 km ao
sul de Tóquio), onde ficará concentrada até a véspera da decisão.
O retorno será na noite do dia 1�
de outubro, e a chegada ao Brasil,
no dia seguinte.
O período de tempo que o Palmeiras ficará no Japão (nove dias)
é quase a metade do gasto pelo
Vasco, que, no ano passado,
quando perdeu a decisão do
Mundial para o Real Madrid, esteve por 17 dias no país.
Os treinos da equipe paulista,
que devem ocorrer no CT do Yokohama Marinos, só começam na
quarta-feira, dia 24.
"Os treinos ocorrerão às 19h15,
mesmo horário da final, para estimular o organismo a fazer exercício nesse horário", afirma Zogaib.
No quesito alimentação, de
acordo com o fisiologista, não haverá mudanças em relação ao que
o time está acostumado no Brasil.
Carne, arroz, feijão, frutas e alimentos ricos em carboidratos
(como massas) dominarão o cardápio. Tudo será comprado no
Japão, em lojas onde são encontrados produtos brasileiros.
Uma cozinheira brasileira que
vive no Japão orientará os responsáveis pelas refeições da equipe
palmeirense nos hotéis em Yokohama e Tóquio.
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