São Paulo, Domingo, 21 de Novembro de 1999
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Substância é suspeita de doping

da Reportagem Local

Mesmo melhorando a performance esportiva -sem nenhuma contra-indicação médica, aparentemente- a creatina está longe de ser uma unanimidade entre os organismos responsáveis pelo controle do doping.
Uma corrente médica defende que, em alta dosagem, a creatina aumenta a massa muscular, portanto teria o efeito de doping.
Em 98, jogadores do Campeonato Italiano de futebol foram acusados de doping -incluindo o brasileiro Ronaldo, da Inter de Milão- por uso de creatina.
Em dezembro do ano passado, o COI (Comitê Olímpico Internacional) anunciou que manteria a substância fora de sua lista de elementos considerados dopantes, relacionando-a com os suplementos alimentares.
Ulrich Haas, diretor da comissão alemã de combate ao doping, no entanto, luta pela proibição do uso da substância. Segundo Haas, os esportistas que consomem a creatina contam com vantagem sobre quem não o faz.
""Se proibissem a creatina, teriam que vetar o uso de qualquer vitamina pelos atletas. É um absurdo falar em doping nesse caso", afirmou o volante Jorginho, do São Paulo.
Segundo o médico fisiologista Turíbio Leite, do São Paulo e do Cemaf (Centro de Medicina Esportiva da Universidade Federal de São Paulo), não é correto pensar que a creatina seja doping.
"Usam a creatina como desculpa para o aumento muscular causado pelos anabolizantes", disse.
"O COI nunca questionou a validade da creatina. Toda a polêmica que existiu sobre o assunto foi criada fora do comitê médico da entidade", completou Leite. (AGz)


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