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Clubes questionam Nuzman e armam lobby
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
Além de Ricardo Teixeira, os
clubes de futebol também se mobilizam para não deixar que a intenção de Carlos Arthur Nuzman,
presidente do COB, de receber
parcela do dinheiro da loteria Timemania não se concretize. Uma
das bandeiras levantadas é o fato
de o número de medalhas olímpicas brasileiras ter diminuído durante a gestão de Nuzman.
Se, oficialmente, os cartolas negam veementemente estar preocupados ""porque a lei é clara",
nos bastidores, já são detectadas
ações de alguns dirigentes de entidades representativas de clubes,
como o Clube dos 13 e o Sindafebol, sindicato patronal da bola.
Um dos principais dirigentes da
bola pesquisou o número de medalhas que a delegação brasileira
trouxe ao Brasil desde Atlanta-96
-Nuzman assumiu o COB em
meados de 1995. Em Atlanta-96, o
Brasil obteve 15 medalhas; em
Sydney-2000, foram 12 e, por último, em Atenas-04, 10.
O argumento de tal dirigente é o
de que dar dinheiro a Nuzman seria ""jogar dinheiro no lixo". Tal
discurso foi reproduzido em
eventos como a cerimônia na Câmara Municipal na qual o presidente da Conmebol, Nicolas Leoz,
ganhou o título de cidadão paulistano e em almoço na sede da Federação Paulista de Futebol. O dirigente diz que não enviou tal argumentação por escrito a políticos, mas que no contato direto
com eles apresenta tal análise.
""Estou tranqüilo, mas é claro
que vou defender os clubes nessa
questão com o COB", disse Fábio
Koff, presidente do Clube dos 13,
que afirmou não ter ações planejadas por hora. Contudo a Folha
apurou que sua entidade preparou emenda com 12 pontos sobre
a nova loteria.
Mustafá Contursi, presidente
do Sindafebol, tem prevista viagem para Brasília na semana que
vem para visitar a Câmara dos
Deputados com o objetivo de discutir a Timemania com políticos.
O COB diz não entender a preocupação dos clubes, ao afirmar
que sua fatia não sairá de sua cota,
mas do prêmio ao apostador.
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