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Parreira confia no "sufoco" do Flu
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
da Reportagem Local
O técnico Carlos Alberto Parreira espera prolongar o "sufoco"
pelo qual passa a torcida do Fluminense até a última rodada da
Série C, equivalente à terceira divisão do Brasileiro.
Para isso, não pode perder hoje
para o São Raimundo, às 20h, no
Maracanã. E precisa da vitória, se
quiser chegar à última rodada em
Recife dependendo de suas próprias forças para subir à Série B.
""Para o Fluminense, nada tem
sido fácil", desabafou o treinador
à Folha, por telefone, antes de
comparar o momento vivido pelo
torcedor do time carioca nos últimos quatro anos ao desespero da
torcida corintiana até 1977, quando a equipe estava para completar
23 anos sem título.
""Tudo indica que o sofrimento
irá até o último minuto, mas sinto
que vamos acabar comemorando
a classificação em Recife", afirmou, referindo-se ao jogo contra
o Náutico, pela última rodada, no
encerramento da Série C.
Mas, no momento, os dois mais
bem colocados no quadrangular
final, que teriam direito de subir
para a segunda divisão no ano
que vem, são o Serra, do Espírito
Santo, e o São Raimundo, do
Amazonas, com sete pontos. O
Flu, com cinco, é o terceiro. O
Náutico, que hoje pega o Serra, fora de casa, tem apenas três.
Caso a equipe de Parreira ganhe
hoje do São Raimundo, que também fez boa campanha na Conmebol, perdendo para o CSA, nas
semifinais, chegará à rodada final
entre os dois primeiros.
Mas, para que isso aconteça, o
treinador conta com dois fatores:
o apoio da torcida e um melhor
desempenho de seu sistema defensivo, que falhou seguidamente
na sexta, no empate com o Serra.
Se só dependesse do primeiro
fator, a vitória seria certa. Afinal, o
Fluminense tem reunido quase 30
mil torcedores por jogo no quadrangular decisivo da Série C.
Vencendo hoje, no Rio, a torcida carioca espera invadir Recife
no meio de semana. Uma caravana com 15 mil torcedores está sendo preparada para apoiar o time
contra o Náutico.
Contra o Serra, no Espírito Santo, a torcida do Flu já tinha conseguido dividir o estádio. ""O que
tem aparecido de torcedor nos
apoiando é uma coisa indescritível", disse Parreira. ""Não fosse isto, o clima dentro do clube seria
outro, muito mais melancólico."
A defesa, no entanto, não anima
tanto o treinador. No último jogo,
o zagueiro Alexandre Lopes chegou a ser criticado até por companheiros de equipe. Para o preparador físico Moraci Sant'Anna, o
nervosismo pela responsabilidade de vencer tem prejudicado o time, especialmente a defesa.
NA TV - canal alternativo da
Sportv, às 20h, ao vivo
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