DA REPORTAGEM LOCAL

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO PAULO

Talvez tivesse que ser assim: o herói do título santista nasceu no ano em que começou a fila, 1984. E é o único jogador natural da Baixada Santista, de São Vicente.
Robinho, 18, recebeu 30 bolas durante a finalíssima de ontem. Deu quatro dribles, 22 passes -19 certeiros-, sofreu quatro faltas e conseguiu duas finalizações.
O número que marcará a atuação do atacante no jogo decisivo, no entanto, é o oito. Aos 36min do primeiro tempo, diante de Rogério, lateral que já serviu a seleção brasileira, Robinho passou os pés oito vezes sobre a bola.
Foi o bastante para irritar o corintiano, que fez o pênalti, convertido com categoria pelo próprio Robinho.
Sem a companhia de Diego, o amigo dos tempos de juvenil, o atacante participou menos do jogo do que no domingo anterior. Mas, sempre que pegou a bola, foi fatal para a defesa rival.
Na maior parte do segundo tempo, com o Corinthians se lançando à frente, Robinho foi menos efetivo.
Quando seu time mais precisava, porém, ele voltou a aparecer. O placar marcava 2 a 1 para o Corinthians, e o Santos era pressionado.
Primeiro, Robinho avançou com velocidade pela direita e tocou para Elano completar para as redes.
Instantes depois, num capricho de talento, driblou Vampeta e Kléber dentro da área antes de a bola sobrar para Léo concluir a jogada.
Com contrato com o Santos até dezembro de 2005, Robinho não sabe se estará em campo no Paulista-2003. Embora a diretoria negue ter recebido propostas de clubes do exterior, é quase certo que as ofertas virão logo.
Uma novidade é certa e estará nos pés do jogador. Em 2003, o atacante assinará contrato com uma fábrica de chuteiras, possivelmente a Nike, algo que nunca teve.
Carregado nos ombros de um segurança, com uma bandeira amarrada no pescoço, Robinho mal conseguia falar durante a volta olímpica. Só agradecia a Deus. (RP, FSX, JCA, RBU E FS)



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