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FUTEBOL
Equipe perde Diego e Leão, mas fecha ano 100% contra os corintianos
Sem cérebro e professor, Santos ganha a 5� de rival
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi como perder o melhor aluno da classe e o professor. Mas,
mostrando nervos de aço, o Santos não sentiu as ausências do
meia Diego (desde o início) e do
técnico Emerson Leão (a partir
dos 12min da segunda etapa) e ganhou seu primeiro título nacional
com uma virada espetacular.
A vitória de 3 a 2 foi a quinta em
cinco confrontos diante do Corinthians no ano. Nunca um rival foi
tão impiedoso com o tradicional
clube do Parque São Jorge em
uma mesma temporada.
O triunfo aconteceu com um roteiro que geralmente penaliza o time que teve os problemas do Santos. Logo na primeira vez que tocou na bola, Diego, o principal articulador do time, machucou-se.
Depois, quando mais calma precisava para segurar a vantagem
obtida no primeiro jogo, Leão,
que montou o time cheio de jogadores novatos, reclamou, foi expulso pelo árbitro e deixou seus
comandados sem a referência do
lado de fora do gramado.
Tudo isso em um jogo emocionante, cheio de chances criadas e
alternativas no placar.
No início, o lado esquerdo do
ataque do Corinthians, ponto forte do time na temporada, parecia
que não iria repetir a pífia atuação
do primeiro jogo da decisão.
Com pouco mais de um minuto
de jogo, Gil cruzou para Guilherme, que cabeceou forte, mas não
conseguiu passar por Fábio Costa. Naquele momento, Diego já
sentia contusão na coxa e pedia
substituição. Entrou Robert.
Quando parecia que teria problemas para manter sua ampla
vantagem (vencera a primeira final por 2 a 0), o Santos não mostrou dificuldades para mudar o
panorama da partida. Para quebrar o domínio inicial corintiano,
o time de Leão começou a marcar
sobre pressão a saída de bola rival.
Assim, com a marcação resolvida, sobrou espaço para Robinho
brilhar. Aos 36min, ele "bailou"
diante de Rogério, que cometeu
pênalti. Em cobrança rasteira, o
próprio Robinho abriu o placar.
A partir desse momento, o Corinthians mostrou nervosismo.
Com a bola fora de jogo, Fábio
Luciano, com uma joelhada, agrediu o atacante William, que substituía o suspenso Alberto.
No segundo tempo, o técnico
Carlos Alberto Parreira sacou Renato, que praticamente não tocou
na bola durante a primeira etapa,
e colocou Marcinho. A mudança
deixou o Corinthians um pouco
mais ofensivo, mas, ainda assim,
o time dependia dos lances de bola parada para criar chances.
Quando isso acontecia, entretanto, as finalizações paravam nas
defesas de Fábio Costa.
Só depois da saída de Guilherme, mais uma vez sem nenhuma
mobilidade, o Corinthians passou
a trabalhar a bola melhor.
E foi assim, aos 30min, em cruzamento de Gil para Deivid, que a
equipe chegou ao empate.
Parando o jogo com muitas faltas, o Santos acabou castigado por
isso. Aos 39min, Anderson aproveitou a cobrança de uma delas,
com a cabeça, para colocar o Corinthians em vantagem.
Mas veio a reação. Aos 43min,
Robinho fez jogada individual e
rolou para Elano empatar o duelo.
Com o oponente batido, o Santos ainda teve forças para fazer o
terceiro, aos 47min, com Léo, e
provar que foi realmente o melhor time deste Brasileiro.
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