São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 2002

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FUTEBOL

Equipe perde Diego e Leão, mas fecha ano 100% contra os corintianos

Sem cérebro e professor, Santos ganha a 5� de rival

DA REPORTAGEM LOCAL

Foi como perder o melhor aluno da classe e o professor. Mas, mostrando nervos de aço, o Santos não sentiu as ausências do meia Diego (desde o início) e do técnico Emerson Leão (a partir dos 12min da segunda etapa) e ganhou seu primeiro título nacional com uma virada espetacular.
A vitória de 3 a 2 foi a quinta em cinco confrontos diante do Corinthians no ano. Nunca um rival foi tão impiedoso com o tradicional clube do Parque São Jorge em uma mesma temporada.
O triunfo aconteceu com um roteiro que geralmente penaliza o time que teve os problemas do Santos. Logo na primeira vez que tocou na bola, Diego, o principal articulador do time, machucou-se. Depois, quando mais calma precisava para segurar a vantagem obtida no primeiro jogo, Leão, que montou o time cheio de jogadores novatos, reclamou, foi expulso pelo árbitro e deixou seus comandados sem a referência do lado de fora do gramado.
Tudo isso em um jogo emocionante, cheio de chances criadas e alternativas no placar.
No início, o lado esquerdo do ataque do Corinthians, ponto forte do time na temporada, parecia que não iria repetir a pífia atuação do primeiro jogo da decisão.
Com pouco mais de um minuto de jogo, Gil cruzou para Guilherme, que cabeceou forte, mas não conseguiu passar por Fábio Costa. Naquele momento, Diego já sentia contusão na coxa e pedia substituição. Entrou Robert.
Quando parecia que teria problemas para manter sua ampla vantagem (vencera a primeira final por 2 a 0), o Santos não mostrou dificuldades para mudar o panorama da partida. Para quebrar o domínio inicial corintiano, o time de Leão começou a marcar sobre pressão a saída de bola rival.
Assim, com a marcação resolvida, sobrou espaço para Robinho brilhar. Aos 36min, ele "bailou" diante de Rogério, que cometeu pênalti. Em cobrança rasteira, o próprio Robinho abriu o placar.
A partir desse momento, o Corinthians mostrou nervosismo. Com a bola fora de jogo, Fábio Luciano, com uma joelhada, agrediu o atacante William, que substituía o suspenso Alberto.
No segundo tempo, o técnico Carlos Alberto Parreira sacou Renato, que praticamente não tocou na bola durante a primeira etapa, e colocou Marcinho. A mudança deixou o Corinthians um pouco mais ofensivo, mas, ainda assim, o time dependia dos lances de bola parada para criar chances.
Quando isso acontecia, entretanto, as finalizações paravam nas defesas de Fábio Costa.
Só depois da saída de Guilherme, mais uma vez sem nenhuma mobilidade, o Corinthians passou a trabalhar a bola melhor.
E foi assim, aos 30min, em cruzamento de Gil para Deivid, que a equipe chegou ao empate.
Parando o jogo com muitas faltas, o Santos acabou castigado por isso. Aos 39min, Anderson aproveitou a cobrança de uma delas, com a cabeça, para colocar o Corinthians em vantagem.
Mas veio a reação. Aos 43min, Robinho fez jogada individual e rolou para Elano empatar o duelo.
Com o oponente batido, o Santos ainda teve forças para fazer o terceiro, aos 47min, com Léo, e provar que foi realmente o melhor time deste Brasileiro.


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