São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2000


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TÊNIS
Salvador e Rio querem abrigar a competição
CBT dobra o valor da cota para a Davis

ALEXANDRE GIMENEZ
da Reportagem Local

Um aumento de 100% em dois meses. É isso que a cidade que pretende abrigar os próximos jogos da equipe brasileira de tênis na Copa Davis terá que encarar.
A Folha apurou que a CBT (Confederação Brasileira de Tênis) irá cobrar R$ 500 mil do município que irá receber os jogos pelas quartas-de-final do Grupo Mundial, entre os dias 7 e 9 de abril, contra a Eslováquia.
A entidade cobrou ""apenas" R$ 250 mil de Florianópolis, que recebeu os jogos entre Brasil e França, no início deste mês.
Somente Salvador e Rio de Janeiro estão na briga. Fortaleza e Florianópolis, que também pretendiam abrigar o evento, foram descartadas pela CBT.
Nelson Nastás, presidente da entidade, recusou-se a confirmar o valor que a CBT irá cobrar pelas quartas-de-final da Davis.
""Pediram-me sigilo. Vou divulgar o valor junto com o nome da cidade escolhida, no dia 21 ou 22 deste mês", afirmou.
A CBT precisa comunicar a ITF (Federação Internacional de Tênis) sobre a escolha da sede dos jogos até o próximo dia 23.
Nastás, porém, confirmou que está negociando com as prefeituras de Salvador e Rio de Janeiro. ""As duas cidades estão em condição de igualdade", afirmou.
A Folha apurou que Salvador é a favorita na disputa. Os jogos da Copa Davis fariam parte das comemorações pelos 500 anos de Descobrimento do Brasil e do aniversário de 450 anos da fundação da cidade baiana.
Os jogos em Salvador seriam no clube Costa Verde, que fica no bairro de Itapoã. O hotel das equipes, inclusive, já está escolhido pela CBT -o Sofitel, que fica a poucos quilômetros do clube.
A Eslováquia se classificou para enfrentar o Brasil ao bater a Áustria, em casa, por 3 a 2.
Se a equipe brasileira obtiver sucesso, enfrentará nas semifinais -fora do país- o vencedor de Alemanha e Austrália.

Erário
Como deve acontecer também com a próxima fase da Davis, os cofres públicos bancaram grande parte dos custos da organização do confronto entre Brasil e França, válido pela primeira rodada do Grupo Mundial da competição.
A Prefeitura de Florianópolis e o governo estadual de Santa Catarina pagaram 68,75% do orçamento inicial para a realização do evento. A competição foi orçada inicialmente em R$ 800 mil.
A prefeitura entrou com R$ 300 mil, enquanto o governo de Santa Catarina pagou R$ 250 mil para patrocinar a Davis. O restante foi bancado pelo Banco do Brasil -que é uma empresa estatal.
Para cobrir os custos, a organização tem apenas a possibilidade de vender espaço de duas placas na quadra dos jogos, ainda assim num local marginal -na saída do complexo, que não é mostrada na transmissão da televisão. Ainda pode comercializar estandes na área externa da quadra.
O organizador local não tem a possibilidade de explorar os direitos de televisão -já vendidos pela CBT por quatro anos.
Também não controla a venda de ingressos -fica com 36% da carga, contra 54% destinados à CBT e 10% para a ITF.
A Federação Catarinense de Tênis, durante o período de jogos contra a França, em Florianópolis, fez uma estimativa de que não obteria lucro na organização das partidas da Copa Davis.


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