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TÊNIS
Salvador e Rio querem abrigar a competição
CBT dobra o valor
da cota para a Davis
ALEXANDRE GIMENEZ
da Reportagem Local
Um aumento de 100% em dois
meses. É isso que a cidade que
pretende abrigar os próximos jogos da equipe brasileira de tênis
na Copa Davis terá que encarar.
A Folha apurou que a CBT
(Confederação Brasileira de Tênis) irá cobrar R$ 500 mil do município que irá receber os jogos
pelas quartas-de-final do Grupo
Mundial, entre os dias 7 e 9 de
abril, contra a Eslováquia.
A entidade cobrou ""apenas" R$
250 mil de Florianópolis, que recebeu os jogos entre Brasil e França, no início deste mês.
Somente Salvador e Rio de Janeiro estão na briga. Fortaleza e
Florianópolis, que também pretendiam abrigar o evento, foram
descartadas pela CBT.
Nelson Nastás, presidente da
entidade, recusou-se a confirmar
o valor que a CBT irá cobrar pelas
quartas-de-final da Davis.
""Pediram-me sigilo. Vou divulgar o valor junto com o nome da
cidade escolhida, no dia 21 ou 22
deste mês", afirmou.
A CBT precisa comunicar a ITF
(Federação Internacional de Tênis) sobre a escolha da sede dos
jogos até o próximo dia 23.
Nastás, porém, confirmou que
está negociando com as prefeituras de Salvador e Rio de Janeiro.
""As duas cidades estão em condição de igualdade", afirmou.
A Folha apurou que Salvador é
a favorita na disputa. Os jogos da
Copa Davis fariam parte das comemorações pelos 500 anos de
Descobrimento do Brasil e do aniversário de 450 anos da fundação
da cidade baiana.
Os jogos em Salvador seriam no
clube Costa Verde, que fica no
bairro de Itapoã. O hotel das equipes, inclusive, já está escolhido
pela CBT -o Sofitel, que fica a
poucos quilômetros do clube.
A Eslováquia se classificou para
enfrentar o Brasil ao bater a Áustria, em casa, por 3 a 2.
Se a equipe brasileira obtiver sucesso, enfrentará nas semifinais
-fora do país- o vencedor de
Alemanha e Austrália.
Erário
Como deve acontecer também
com a próxima fase da Davis, os
cofres públicos bancaram grande
parte dos custos da organização
do confronto entre Brasil e França, válido pela primeira rodada do
Grupo Mundial da competição.
A Prefeitura de Florianópolis e o
governo estadual de Santa Catarina pagaram 68,75% do orçamento inicial para a realização do
evento. A competição foi orçada
inicialmente em R$ 800 mil.
A prefeitura entrou com R$ 300
mil, enquanto o governo de Santa
Catarina pagou R$ 250 mil para
patrocinar a Davis. O restante foi
bancado pelo Banco do Brasil
-que é uma empresa estatal.
Para cobrir os custos, a organização tem apenas a possibilidade
de vender espaço de duas placas
na quadra dos jogos, ainda assim
num local marginal -na saída do
complexo, que não é mostrada na
transmissão da televisão. Ainda
pode comercializar estandes na
área externa da quadra.
O organizador local não tem a
possibilidade de explorar os direitos de televisão -já vendidos pela CBT por quatro anos.
Também não controla a venda
de ingressos -fica com 36% da
carga, contra 54% destinados à
CBT e 10% para a ITF.
A Federação Catarinense de Tênis, durante o período de jogos
contra a França, em Florianópolis, fez uma estimativa de que não
obteria lucro na organização das
partidas da Copa Davis.
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